Livrarias reabrem na segunda-feira

Juntamente com as bibliotecas e arquivos, as livrarias são os únicos espaços culturais que podem voltar a abrir as portas já no dia 15.

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Miguel Cordeiro, gerente da livraria Moreira da Costa, instalada há mais de 70 anos na rua do Avis, Porto ESTELA SILVA / LUSA

As livrarias, que são neste momento praticamente os únicos sítios que continuam a não poder vender livros presencialmente, vão ter autorização para reabrir já na próxima segunda-feira, dia 15. Uma decisão que não surpreende, depois de o Governo ter sido muito criticado quer por encerrar as livrarias, quer por ter depois permitido, seguindo o decreto do Presidente da República, que outros espaços, como os hipermercados ou as lojas FNAC, vendessem os livros que estas continuavam a não poder vender.

Também as bibliotecas e os arquivos integram o conjunto de instituições que poderão abrir as portas no primeiro momento do desconfinamento gradual anunciado esta quinta-feira ao princípio da noite pelo primeiro-ministro António Costa.

Se até lá um eventual agravamento do número de infectados com covid-19, ou um aumento do índice de transmissibilidade do vírus, não obrigarem o Governo a rever o calendário de reaberturas agora divulgado, os museus, monumentos e galerias de arte poderão, por seu turno, reabrir a partir do dia 5 de Abril.

Já os teatros, auditórios, cinemas e outras salas de espectáculos terão de esperar ainda mais de um mês e só poderão reabrir, se tudo correr pelo melhor, a 19 de Abril, data a partir da qual será ainda possível promover eventos no exterior, ainda que com lotação previamente definida pela Direcção-Geral de Saúde.

O primeiro-ministro avisou esta quinta-feira que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade ultrapasse o 1.

Uma parte significativa do sector cultural continuará, portanto, durante mais algum tempo a não poder promover actividades presenciais. Uma situação que tem provocado consequências reconhecidamente dramáticas num sector particularmente frágil, marcado por relações laborais intermitentes e por falta de protecção social. Após a sua intervenção, quando respondia já às perguntas dos jornalistas, António Costa anunciou que os ministros da Economia, do Trabalho, da Cultura e da Educação anunciarão já esta sexta-feira novas medidas de apoio, “em complementaridade com as já adoptadas”, e elencou expressamente o “sector cultural” como um dos seus destinatários.

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