A aspereza pop das Palberta pode agora durar para sempre

Ao quinto álbum, o trio nova-iorquino muda-se para uma sonoridade mais pop e mais agarrada ao prazer de canções que se eternizam num só verso. Palberta5000 não soa a Justin Bieber e Avril Lavigne, mas isso não é um problema.

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Começa a ouvir-se o som de facas a serem afiadas assim que qualquer banda ou artista, entregue habitualmente aos viscosos subterrâneos underground, ameaça chegar-se um pouco mais à luz com um catálogo de criações que aproxima o horizonte mainstream. Qual infalível fórmula matemática, tem sido também assim nos últimos tempos com as nova-iorquinas Palberta, fazedoras de canções com espírito punk e de andamento trôpego, ditas sucessoras do tom abrasivo de grupos históricos como The Slits e The Raincoats. Com a partilha dos primeiros vislumbres do quinto álbum, Palberta5000, menos arranhado na garganta e menos assanhado nos instrumentos, logo as primeiras facadinhas começaram a vir de várias direcções. Na lâmina, uma acusação simples e pouco original: tornaram-se muito macias e agora falta-lhes nervo.

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