Ex-advogado pessoal de Trump vai testemunhar contra o Presidente

Michael Cohen diz que vai dizer o que sabe sobre as “más condutas” do chefe de Estado norte-americano e da sua família.

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Michael Cohen atrás de Donald Trump quando ainda era advogado pessoal do Presidente dos EUA Jonathan Ernst/Reuters

Michael Cohen, que foi durante mais de dez anos responsável dos arranjos pessoais do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira à noite (madrugada em Portugal) que testemunhará contra o mandatário e a sua família em relação a “más condutas” não especificadas.

“Pediram-me para aceitar cooperar com várias agências governamentais para dar testemunho sobre más condutas de Trump e da sua família”, fez saber Cohen através da sua conta do Twitter.

“Estou a fazer isto em grande parte porque Trump e a sua família tentou, e felizmente fracassou, destruir a democracia dos Estados Unidos”, acrescentou Cohen, em relação à invasão do Capitólio, em Washington, na passada quarta-feira, levada a cabo por apoiantes do Presidente, a quem a oposição democrata acusou de instigar a insurreição.

O advogado, de 53 anos, que perdeu a licença para exercer, foi condenado em 2018 a três anos de prisão depois de se declarar culpado de vários delitos, incluindo perjúrio perante o Congresso dos Estados Unidos e violação das leis de financiamento de campanhas. Neste caso ao pagar à actriz de filmes pornográficos Stormy Daniels pelo seu silêncio em nome de Trump.

Cohen trabalhou para Trump durante mais de uma década e muitas vezes se descreveu como o seu “pau para todo o serviço” até à ruptura entre os dois. O advogado acabou por fazer acusações graves contra o Presidente nos tribunais e no Congresso.

Em Maio do ano passado foi posto em liberdade da prisão federal para cumprir o resto da pena em prisão domiciliária, mas voltou à prisão mais um tempo antes de ser posto em liberdade novamente duas semanas depois. Mantém-se em prisão domiciliária.

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