Fenprof em greve para “quebrar o bloqueio ministerial”

Professores e educadores em protesto esta sexta-feira, querem reunir-se com o ministro da Educação para debater os problemas do sector.

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Rui Gaudencio

Os professores e educadores estão, esta sexta-feira, em greve. O protesto foi convocado pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) e quer “quebrar o bloqueio ministerial” que, acusa aquela estrutura, é provocado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

O “problema principal” do sector, que “impede a resolução de todos os outros, é a ausência de qualquer via de diálogo ou negociação” com a tutela, acusa a Fenprof, em comunicado. O Ministério da Educação tem mantido o entendimento de que os temas que a federação sindical quer discutir não são matérias de negociação colectiva, que a lei obriga a que sejam discutidas com os representes dos professores.

Entre as exigências está o acesso a um regime de pré-reforma, que permita responder ao problema do envelhecimento da classe docente. Num inquérito feito aos associados da Fenprof, 98% dos professores mostraram-se favoráveis à existência de uma solução deste tipo. Mais de metade (54%) deseja reformar-se, desde que não sofram nenhuma penalização, ao passo que 35% pondera aproveitar um eventual regime de pré-reforma “se as condições não forem muito penalizadoras”.

São extensas as reivindicações apresentadas nos últimos dias pela Fenprof, na antecâmara da greve. A federação sindical recorda, por exemplo, que “estão por resolver” problemas como as carreiras, como a contagem do tempo de serviço dos docentes ou as vagas disponíveis em alguns escalões, e recupera lutas antigas como a oposição à transferência de competências para os municípios.

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