O poder dos reizinhos

No nosso país, os reizinhos têm muito poder e amigos mas, apesar de tudo, nem sempre conseguem o que querem...

Uma das garantias do exercício perverso do poder no nosso país é a forma como a crítica a quem o exerce é reprimida, nomeadamente com o recurso aos tribunais. Em qualquer país civilizado, as críticas e denúncias respeitantes a um profissional enviadas ao organismo regulador gozam da necessária imunidade no sentido de não poder o queixoso ser perseguido por tais queixas, salvo em casos verdadeiramente extremos. Essa é uma garantia de um bom funcionamento das instituições e dos funcionários/trabalhadores que nelas laboram: que os cidadãos que a eles recorrem, voluntariamente ou não, se podem queixar do seu mau comportamento/funcionamento sem terem receio de terem de responder em tribunal. Assim não é no nosso país, onde a expressão “quem não se sente, não é filho de boa gente” é invocada, na maioria dos casos, pela má gente que se quer vingar dos que justamente se queixaram da sua actuação, mesmo que de forma exagerada/emocional.

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