Uma receita para a igualdade salarial? Transparência

Obrigar à informação pública é um bom caminho para minorar as diferenças salarias de género. Estou convencida que a censura social faria maravilhas na hora de eliminar o subpagamento.

Quem, por estes dias, tiver frequentado as redes sociais viu publicações constatando que “até ao fim do ano as mulheres vão trabalhar sem receber”. Começaram no Dia Nacional da Igualdade Salarial – este ano a 10 de novembro – e têm como objetivo marcar, em dias, a porção do trabalho feminino que de facto não é paga. Não porque não recebam salário no fim do mês – pelo menos as que não estão desempregadas graças à covid ou outras circunstâncias –, mas porque o pernicioso fenómeno das diferenças salarias entre homens e mulheres se mantém com irritante persistência. Segundo um estudo da OIT do ano passado, as mulheres portuguesas ganham em média menos 22,1% que os homens. De modo mais ilustrativo: num quinto do tempo trabalham sem receber. As estatísticas nacionais apontam o número 14,4%.

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