Covid-19: Bruxelas emite recomendações sobre uso de testes rápidos de antigénio

A recomendação adoptada pela Comissão Europeia fornece orientações aos Estados-membros sobre “como seleccionar os testes rápidos de antigénio, quando são apropriados e quem os deve administrar”. Apela também à “validação e mútuo reconhecimento” destes testes dentro da União Europeia.

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O objectivo é “assegurar uma abordagem comum e estratégias de testes mais eficazes” Reuters/JUAN MEDINA

A Comissão Europeia adoptou nesta quarta-feira uma recomendação sobre o uso de testes rápidos de antigénio para a covid-19, tendo como objectivo “assegurar uma abordagem comum e estratégias de testes mais eficazes” nos Estados-membros da União Europeia (UE).

A recomendação adoptada pela Comissão Europeia fornece orientações aos Estados-membros sobre “como seleccionar os testes rápidos de antigénio, quando são apropriados e quem os deve administrar” e apela também à “validação e mútuo reconhecimento” destes testes dentro da UE.

“O reconhecimento mútuo dos testes tem uma importância primordial para facilitar o movimento transfronteiriço e a localização e tratamento de contactos transfronteiriços. Os Estados-membros são fortemente encorajados a reconhecerem mutuamente os resultados dos testes rápidos de antigénio”, refere a nota de imprensa publicada pelo executivo comunitário.

A Comissão Europeia recomenda também que os Estados-membros façam “testes rápidos de antigénio em complemento aos testes RT-PCR [testes moleculares] para conter a propagação do vírus, mitigar infecções e limitar as medidas de isolamento de quarentena”. “Uma rápida identificação de indivíduos afectados auxilia a gestão e a monitorização regular de grupos de alto risco, como o pessoal médico ou os lares de terceira idade”, frisa o documento.

Em comunicado, a comissária com a pasta da Saúde, Stella Kyriakides, sublinha que a testagem é uma “ferramenta decisiva para conter a propagação da covid-19”. “A testagem diz-nos a extensão da propagação, onde está e como se desenvolve [o vírus]. (...) O apoio e a solidariedade são primordiais para se ultrapassar esta pandemia”, refere Kyriakides.

O executivo comunitário anunciou também que assinou um acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) no valor de 35,5 milhões de euros, com o objectivo de “aumentar a capacidade de testagem” na UE.

“O investimento [na IFRC] será utilizado para apoiar a formação do pessoal na recolha de amostras e análises dos testes”, refere o comunicado. Os líderes dos 27 vão reunir-se na quinta-feira para uma cimeira virtual onde debaterão a resposta coordenada da UE à pandemia de covid-19.

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