Perto de 25% do alojamento turístico sem operação em Setembro

Em Setembro as perdas da actividade turística voltaram a agravar-se, após alguma recuperação em Agosto, segundo os últimos dados do INE

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Paulo Pimenta

No passado mês de Setembro, 24,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico – hotelaria, alojamento local, turismo rural e de habitação – “terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes”, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

É um agravamento da situação face a Agosto, quando o mesmo balanço tinha sido de 21,2%.

Setembro regrediu ainda, face ao mês imediatamente anterior, em número de hóspedes, residentes e de turistas estrangeiros.

No total, estima o INE com base na informação disponibilizada, sector do alojamento turístico “deverá ter registado 1,4 milhões de hóspedes”, menos 52,2% do que um ano antes, depois de uma queda homóloga de 43,2% em Agosto.

Os hóspedes residentes terão sido 890,3 mil, o que se traduz num decréscimo homólogo face a igual mês do ano passado de 15,1% (tinha sido uma descida de 4,6% em Agosto) e os hóspedes não residentes terão atingido um total de 492,7 mil, recuando 73,3% face a um ano antes (o que compara com um decréscimo de 70,1% no mês anterior).

Sector terminou o mês de Setembro com o registo de 3,6 milhões de dormidas, uma descida homóloga de 53,4%, agravando a perda de 47,1% em Agosto (face a igual mês de 2019).

As dormidas de residentes terão diminuído 8,5% (menos 2,1% em Agosto), para dois milhões, representando 57,2% do total, e as de não residentes terão decrescido 71,9% (menos 72% no mês anterior), para 1,5 milhões.

Num mês em que as quedas totais de dormidas (residentes e estrangeiros) são todas de dois dígitos, o INE salienta a “menor diminuição” registada pela região do Alentejo, de 19,9% (que compara com uma queda de 15,3% no mês anterior). A pior foi registada na Madeira, de 66,9%.

E, num mapa quase todo a vermelho, dois sinais positivos, sublinhados pelo INE: “os crescimentos das dormidas de residentes no Algarve (de mais 10,3%) e no Alentejo (mais 5,2%).

Nas dormidas dos não residentes, por regiões, também foi o Alentejo que registou a queda menor (menos 62,5%), com o Açores a sofrerem uma queda homóloga de 85,9%, a maior registada.

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