Desemprego caiu nos EUA, mas criação de novos empregos desiludiu

Em Setembro, foram criados 661 mil empregos, contra 1,4 milhões em Agosto.

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LUSA/MICHAEL REYNOLDS

A taxa de desemprego nos Estados Unidos da América (EUA) caiu cinco décimas em Setembro, para 7,9% (8,4% em Agosto), mantendo a tendência de descida que já se tem verificado nos últimos cinco meses. Mas o lado positivo da taxa, que superou as estimativas dos analistas, é ensombrado pelo número de novos empregos criados, que ficaram em 661 mil, muito abaixo dos 1,4 milhões verificados em Agosto.

Os analistas estimavam um forte abrandamento na criação de emprego em Setembro, apontando para cerca de 800 mil, mas o número acabou por ficar ainda mais abaixo.

Em Abril, como consequência da pandemia de covid-19, a taxa de desemprego nos EUA fixou um máximo histórico de 14,7%, mas a criação de novos empregos acelerou a partir de Maio (2,7 milhões) e de Junho (4,8 milhões), abrandando a partir dos meses seguintes. Na prática, foram recuperados cerca de metade dos 20 milhões de postos de trabalho destruídos pelo aparecimento da pandemia.

Os dados de Setembro são os últimos a serem divulgados antes das eleições presidenciais, a 3 de Novembro, e numa altura que o anúncio de que o presidente da maior economia se encontra infectado com o novo coronavírus cria um clima de alguma incerteza nos mercados.

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