A ameaça invisível: área degradada da Amazónia brasileira já ultrapassou a desflorestada

Investigadores analisaram a floresta brasileira durante cerca de 22 anos e concluíram que a área total de degradação ultrapassou os 337 mil quilómetros quadrados, enquanto a que foi desmatada rondou os 308 mil quilómetros quadrados. Isto significa que a área degradada equivale a mais de 3,6 vezes o território de Portugal continental.

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Nelson Garrido

A floresta Amazónia está, há décadas, a sofrer uma ameaça mais difícil de detectar do que a desflorestação, e que está a tornar-se um problema cada vez maior e sem tendência para diminuir. É a chamada degradação florestal, que acontece quando se perde biomassa florestal mas sem implicar uma transformação total do uso, como acontece quando a floresta desaparece para dar lugar a pastagens, por exemplo. Um estudo que analisou a degradação da Amazónia brasileira durante cerca de 22 anos, entre 1992 e 2014, concluiu que a área de degradação florestal é já de mais de 337,4 mil quilómetros quadrados, ultrapassando os cerca de 308,3 mil quilómetros quadrados perdidos para a desflorestação. E a chamada “degradação independente”, que não está directamente ligada ao desmatamento, está a aumentar. 

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