Reestruturação da TAP é inevitável e tem consequências, diz Governo

Pedro Nuno Santos, ministro das Infra-estruturas e Habitação, salientou, em Coimbra, que a TAP exige um processo de reestruturação que “é inevitável e que, obviamente, tem consequências”. “

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Nuno Ferreira Santos

O processo de reestruturação da TAP é inevitável, de forma a tornar a empresa saudável e viável, e tem consequências, disse esta sexta-feira, em Coimbra, o ministro das Infra-estruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Questionado pelos jornalistas sobre a não renovação de contrato com mais de 300 trabalhadores, no final da cerimónia de consignação da empreitada de abertura do canal de “metrobus” na Baixa de Coimbra, o governante salientou que a TAP exige um processo de reestruturação que “é inevitável e que, obviamente, tem consequências”. “Está a ser feito um grande esforço para auxiliar e salvar a TAP, porque entendemos que é uma companhia aérea demasiado importante para a economia portuguesa para desistirmos dela, mas o esforço financeiro que está a ser feito exige que nós consigamos ter uma empresa viável e sustentável”, afirmou.

Segundo o ministro das Infra-estruturas e Habitação, actualmente não existe mercado no sector da aviação “que suporte a dimensão que qualquer companhia aérea do mundo tem neste momento”. O Governo pretende realizar a reestruturação da melhor maneira, “da forma menos traumática possível, mas nós não podemos manter uma dimensão da TAP que não é necessária para a procura que temos”, acrescentou Pedro Nuno Santos. “Temos de fazer um ajustamento à realidade que enfrentamos, para que possamos gerir melhor o dinheiro de todos os portugueses”, sublinhou o governante, referindo que a preocupação do Governo é manter a TAP “saudável e viável”.

Confrontado com uma eventual saída do gestor Antonoaldo Neves da empresa na quinta-feira, o ministro não confirmou a informação, referindo que, se isso aconteceu “ou vai acontecer nas próximas horas, ainda bem, já não era sem tempo”.

“Estávamos a trabalhar para resolver essa situação, o mais rapidamente possível. Se ela poder ser resolvida nestas horas ficarei ainda mais contente, porque já devia estar resolvido há mais tempo”, disse.

De acordo com Pedro Nuno Santos, o valor da indemnização será o que “é devido até final do ano”, embora tenha sido efectuado um acordo “com questões laterais”, mas do ponto de vista substantivo “é aquilo que é seu por direito até final do seu mandato”.

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