Trump diz que os EUA ainda não têm provas do “trágico” envenenamento de Navalny

“É trágico. É terrível, não devia ter acontecido. Ainda não vimos qualquer prova, mas vou averiguar”, disse Trump numa conferência de imprensa, antes de dizer aos jornalistas que deviam concentrar-se na China e não na Rússia.

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Donald Trump diz que vai averiguar o caso Navalny LEAH MILLIS/Reuters

O Presidente Donald Trump, disse na sexta-feira à noite que os Estados Unidos estão a “seguir com muita atenção” a suspeita de envenenamento do opositor russo Alexei Navalny, mas que a Casa Branca ainda não viu qualquer prova.

“É trágico. É terrível, não devia ter acontecido. Ainda não vimos qualquer prova, mas vou averiguar”, disse Trump numa conferência de imprensa, antes de dizer aos jornalistas que deviam concentrar-se na China e não na Rússia.

Ao contrário do Departamento de Estado (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros), que na sexta-feira expressou preocupações sobre as conclusões a que a Alemanha chegou sobre o envenenamento de Navalny, o Presidente dos EUA Trump não fez declarações assertivas sobre o caso.

Numa reunião em Washington, anterior à conferência de imprensa de Trump, o vice-secretário de Estado, Stephen Biegun, disse ao embaixador russo nos EUA, Anatoliy Antonov, que a utilização, por parte de Moscovo, de armas químicas configura uma clara violação das obrigações russas ao abrigo da Convenção de Armas Químicas.

Biegun “alentou a Rússia a cooperar totalmente com a comunidade internacional na investigação a este ataque”, disse num comunicado sobre a reunião o porta-voz Morgan Ortagus.

A Alemanha, onde Navalny está hospitalizado em coma, anunciou que o principal opositor do Presidente russo, Vladimir Putin, foi envenenado com o agente químico que age sobre os nervos Novichok, desenvolvido na era soviética, e exigiu que os autores do crime sejam responsabilizados. Até ao momento, a Rússia não abriu uma investigação criminal ao caso e disse que ainda não há provas de ter havido um crime.

O envenenamento de Navalny levantou a possibilidade de o Ocidente aprovar novas sanções contra a Rússia.

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