Passos Manuel: o Vintismo na formação de uma esquerda liberal

O Vintismo estará presente no Setembrismo, na Regeneração, com o Acto Adicional à Carta e, de certo modo, no primeiro e, durante longos anos, o único deputado republicano na Assembleia, Rodrigues de Freitas.

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Passos Manuel

As representações, incluindo as fotografias que restam de Passos Manuel e seu irmão Passos José, - a forma de os distinguir na câmara dos deputados, - mostram-nos vestidos ao modo da Guarda Nacional, casaca negra e laço da mesma cor, em volta do pescoço, o que mais relevava da austeridade e simplicidade dos deputados vintistas. O Vintismo é a memória ativa desses tempos radicais em que se enterrava o Antigo Regime, - o absolutismo e o senhorialismo - e se instituía a liberdade de acordo com a Declaração dos direitos do homem e do cidadão. É também um processo de um novo liberalismo de esquerda que ganhou as suas caraterísticas ideais com Passos Manuel que, depois da emigração em Paris, nas barricadas contra Carlos X e a entronização de Luís Filipe, já não define o processo pelo lema de Rocha Loureiro A Constituição, nada mais; a Constituição, nada menos, que o seu governo setembrista, afinal, não restaurou. Deixando o governo em 1837, afirma que cumprira o seu ideal de soberania popular: rodear a monarquia de instituições republicanas.

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