Marks & Spencer quer cortar 7000 postos de trabalho em três meses no Reino Unido

As vendas de vestuário e artigos para a casa caíram 39% nas últimas 13 semanas. Retalhista planeia criar novos empregos no negócio online, onde cresceu durante o confinamento.

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Reuters/DANISH SIDDIQUI

O grupo Marks & Spencer (M&S), retalhista de vestuário e outros produtos, planeia cortar 7000 postos de trabalho nos próximos três meses devido ao impacto que a pandemia de covid-19 teve nas suas vendas, segundo comunicado divulgado esta terça-feira.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os cortes serão feitos no centro de apoio ao cliente, na gestão regional e nas lojas M&S no Reino Unido.

A Marks & Spencer espera que uma “proporção significativa” destes cortes seja feita através de rescisões voluntárias ou reforma antecipada.

Em Julho a empresa já tinha avançado que iria reduzir 950 postos de trabalho, de um total de 78.000, juntando-se agora os novos cortes. No entanto, a empresa planeia ainda criar novos empregos, nomeadamente online, área onde a M&S cresceu durante o confinamento. Segundo a Bloomberg, a retalhista planeava encerrar aproximadamente 100 lojas, mas no comunicado desta terça-feira o assunto não foi desenvolvido. 

Citado pelo Guardian, o chefe executivo da M&S, Steve Rowe, disse que a empresa continua “cautelosa”, acrescentando que está a “aprender com a crise” para “proporcionar um negócio mais forte e mais ágil num mundo em que alguns hábitos dos clientes mudaram para sempre”.

No comunicado, citado pela Bloomberg, a empresa indica que as vendas de vestuário e artigos para a casa caíram 39% nas últimas 13 semanas. Já nos alimentos houve um ganho de 2,5%, insuficiente para travar o impacto da covid-19.

As acções subiram 2% no início das negociações em Londres esta terça-feira, com os investidores a reagirem bem a esta redução de custos com trabalhadores, indica a Bloomberg. Até ao momento caíram 46% em 2020.

O Reino Unido sofreu a maior contracção das grandes economias, com uma queda de 20,4% do PIB no segundo trimestre de 2020. A recuperação foi ligeira em Junho, mas vários retalhistas têm vindo a cortar nos postos de trabalho.

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