Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa

O homem não engana. Não gosta de jornalistas. Não gosta de magistraturas. E não gosta de debates parlamentares. Há muita gente incomodada a olhar para André Ventura, mas começo a ter a sensação de que estamos a preocupar-nos com a pessoa errada.

Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa. Não estou a exagerar nas palavras. Hoje é o dia em que o pior do Bloco Central – PSD e PS – se vai unir, contra a opinião de todos os outros partidos, para que o primeiro-ministro deixe de ir ao Parlamento de quinze em quinze dias para passar a ir de dois em dois meses. Hoje é o dia em que um partido da oposição – custa a crer, mas a proposta nasceu do PSD – decide que o governo necessita de menos escrutínio e deve prestar menos contas ao Parlamento. Hoje é o dia em que os dois maiores partidos portugueses atraiçoam os valores da liberdade, da representatividade, da réplica política e do confronto de ideias, em nome de uma visão autocrática da democracia que poderia ser subscrita por Viktor Orbán.

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Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa. Não estou a exagerar nas palavras. Hoje é o dia em que o pior do Bloco Central – PSD e PS – se vai unir, contra a opinião de todos os outros partidos, para que o primeiro-ministro deixe de ir ao Parlamento de quinze em quinze dias para passar a ir de dois em dois meses. Hoje é o dia em que um partido da oposição – custa a crer, mas a proposta nasceu do PSD – decide que o governo necessita de menos escrutínio e deve prestar menos contas ao Parlamento. Hoje é o dia em que os dois maiores partidos portugueses atraiçoam os valores da liberdade, da representatividade, da réplica política e do confronto de ideias, em nome de uma visão autocrática da democracia que poderia ser subscrita por Viktor Orbán.