Austrália alvo de ciberataque de “actor estatal”

“Organizações australianas estão actualmente a ser visadas por um actor estatal sofisticado”, disse o primeiro-ministro. China, Coreia do Norte, Irão, Israel e Rússia estão entre os suspeitos, avança a comunicação social australiana.

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Scott Morrison deu uma conferência de imprensa de última hora para alertar os cidadãos sobre os "riscos específicos" a que estão expostos. MICK TSIKAS/EPA

A Austrália está a ser alvo de um vasto ataque cibernético de um “actor estatal” que visa os sistemas informáticos do Governo, de administrações e de empresas, anunciou esta sexta-feira, em Camberra, o primeiro-ministro australiano.

“Organizações australianas estão actualmente a ser visadas por um actor estatal sofisticado”, afirmou Scott Morrison, numa conferência de imprensa de última hora para alertar os cidadãos sobre os “riscos específicos” a que estão expostos.

O ciberataque está a atingir “organizações australianas em diferentes sectores, em todos os níveis do Governo, da economia, de organizações políticas, dos serviços de Saúde e de outros operadores de infra-estruturas estratégicas”, sublinhou.

Sem fornecer pormenores técnicos, nem identificar o “actor estatal” responsável pelo ciberataque, Morrison disse que os dados pessoais dos australianos não foram roubados e muitos ataques tinham fracassado.

“Encorajamos as organizações, sobretudo da saúde, as infra-estruturas estratégicas e os serviços essenciais a recorrerem a peritos para instalar sistemas de defesa técnicos”, disse.

De acordo com os órgãos de comunicação social australianos, citados pela agência de notícias AFP, a lista de suspeitos, excluindo os países ocidentais, é vasta: China, Coreia do Norte, Irão, Israel e Rússia.

O Governo de Morrison desencadeou a cólera de Pequim ao pedir um inquérito internacional independente sobre a origem da pandemia do novo coronavírus e ao denunciar uma diplomacia chinesa agressiv.

Por seu turno, a China desaconselhou aos seus cidadãos a escolha da Austrália como destino turístico e de estudos, ameaçou Camberra com outras represálias e condenou um australiano à morte por tráfico de droga.

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