Bundesbank prevê contração de 7% na economia alemã em 2020

Perspectivas de crescimento para 2021 e 2022 são de 3% e 4%, admite banco central da Alemanha.

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Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, confiante na recuperação da economia nos próximos anos Kai Pfaffenbach

O Bundesbank prevê que a economia alemã se contraia 7% este ano, mas que volte a crescer 3% em 2021 e 4% em 2022, e considera que as medidas adoptadas pelo Governo alemão darão uma contribuição significativa para a estabilização.

O Bundesbank divulgou esta sexta-feira as suas novas projecções macroeconómicas semestrais, de crescimento e para a inflação.

Em Dezembro, o banco central da Alemanha previa que a economia alemã crescesse 0,6% este ano, taxa que agora foi revista em forte baixa.

Para 2021 e 2022, o Bundesbank previa um crescimento de 1,4%, valor que agora foi revisto em forte alta como resultado da recuperação da “profunda recessão” no segundo trimestre deste ano.

As finanças públicas dão uma contribuição notável para a estabilização”, de acordo com o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann.

“Mais um estímulo é adequado na situação actual e eu valorizo o programa conjuntural de maneira positiva”, disse Weidmann.

Os parceiros da grande coligação da chanceler Angela Merkel concordaram na quarta-feira na adopção de um plano para reactivar a economia pós-pandemia de um volume de 130.000 milhões de euros para apoiar as famílias, os governos locais e que prevê uma redução de impostos.

Como consequência da pandemia e das medidas adoptadas para a combater, a economia contraiu-se dramaticamente no primeiro trimestre de 2020.

Para o segundo trimestre, as projecções do Bundesbank apontam para uma contracção ainda maior.

No entanto, o Bundesbank considera que se bateu no fundo em Abril e que a economia começa a crescer novamente, embora “a recuperação seja contida”.

A instituição assume nas projecções que em meados de 2021 existirá uma solução médica eficaz para a covid-19 e que esta impulsionará a recuperação.

“Existe uma incerteza muito elevada sobre os desenvolvimentos futuros”, acrescentou Weidmann.

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