Grupo NAU reabre seis hotéis no Algarve e um no Alentejo

Os hotéis abrem em função das taxas de ocupação. Em Junho, o grupo não espera “chegar sequer aos 20%”. “Temos que pôr a economia a funcionar, pôr os hotéis a trabalhar e retirar os nossos trabalhadores do layoff” e “sobretudo, temos que treinar estes novos princípios operacionais com que os hotéis vão funcionar”.

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No Algarve, o São Rafael Atlântico é um dos hotéis a ter em conta grupo nau

O grupo hoteleiro NAU Hotels & Resorts vai retomar a actividade no Sul a partir de domingo, colocando em funcionamento até ao final de Junho sete hotéis encerrados devido à pandemia de covid-19. No Algarve são seis unidades: São Rafael Atlântico, Salgados Dunas Suites, Salgados Palace, Salgados Palm Village, Salgados Vila das Lagoas e Salema Beach Village. No Alentejo, uma: o Lago Montargil & Vilas.

Em causa estão seis hotéis no Algarve e um no Alentejo, que vão reabrir entre 31 de Maio e 27 de Junho, em função da ocupação e reservas previstas, permitindo que os trabalhadores se familiarizem com as “garantias sanitárias exigidas e recomendadas pelas autoridades internacionais e nacionais” para a reabertura da hotelaria, disse à Lusa o director executivo do grupo.

As unidades encerraram após a declaração de estado de emergência pelo Governo português, em meados de Março, e a reabertura começou a ser preparada de acordo com as novas regras sanitárias e de distanciamento social “desde que se percebeu que esse período estava a chegar ao fim e iria haver um desconfinamento progressivo”, explicou Mário Ferreira.

Segundo aquele responsável, os hotéis “não têm para o mês de Junho praticamente reservas dos mercados internacionais", mas, no entanto, o grupo tem “uma grande penetração no mercado nacional”, o que lhe permitiu ter, antes da pandemia, “números superiores a 50%, de ocupação da parte de portugueses no Verão”.

“Temos vindo a fazer um trabalho de contacto com os nossos clientes com reservas para o mês de Junho para percebermos se efectivamente podemos contar com eles e tomarmos decisões no que diz respeito às unidades que iríamos abrir em função exactamente dessas taxas de ocupação”, referiu o director do grupo, que conta com cerca de 570 colaboradores.

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No Alentejo, reabre o Lago Montargil & Vilas grupo nau

O grupo conta com “um plano de operação que garante a segurança sanitária, quer para trabalhadores quer para clientes” e tem a preocupação de “não transformar os hotéis em clínicas ou hospitais”, mas implementar uma “resposta efectiva a tudo o que são práticas recomendadas ou impostas pelas instituições nacionais e internacionais” para evitar a propagação do vírus.

A reabertura vai ser feita com taxas de ocupação mais reduzidas do que o habitual e isso permitirá que os trabalhadores se familiarizem com os novos padrões de higiene e segurança, justificou.

“Iremos ter em Junho uma quebra face ao mesmo mês do ano passado de mais de 80%. Acreditamos que temos que pôr a economia a funcionar, pôr os hotéis a trabalhar e retirar os nossos trabalhadores do layoff, mas, sobretudo, temos que treinar estes novos princípios operacionais com que os hotéis vão funcionar”, argumentou.

Mário Ferreira considerou, por isso, que é “melhor começar com pouca ocupação para treinar, afinar e ajustar práticas, procedimentos, protocolos e comportamentos” e ter “toda a gente treinada e acostumada a funcionar com esta nova realidade” quando as ocupações forem “mais consistentes”.

“A taxa de ocupação média em Junho será baixa, não vai chegar sequer aos 20%”, estimou, considerando que, embora “em Julho e Agosto já se possa contar com mercados internacionais, como o britânico”, as “taxas muito elevadas não são compatíveis com esses protocolos” de higiene e segurança.

Os hotéis vão reabrir sem ultrapassar os dois terços ou os três quartos de ocupação total e têm todos a distinção Clean & Safe do Turismo de Portugal, que certifica a implementação dos protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades de saúde para permitir a reabertura da hotelaria.

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