Um país de palhaços pobres

A pandemia fez cair a máscara de que tínhamos qualquer coisa parecida com uma elite cultural, ou a de que o trabalho artístico, como a escola, podia ser um eficaz elevador social. Afinal, uma parte da classe artística, talvez mesmo uma boa parte, vive no limiar da sobrevivência.

Há dias, num email, uma facadinha do Jorge Silva Melo, insubstituível agente provocador, escarafunchava na ferida que nestes últimos dois meses temos visto a ganhar proporções de tremenda dor colectiva, mais linha de emergência para tapar o sol com a peneira, menos festival para uns quantos pagarem as contas enquanto os outros, temos pena, lá terão de viver da ajuda alimentar: “Olha”, e assim se cutuca o jornalismo cultural dito de referência, “o que se vai passando com os pobres”.

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Há dias, num email, uma facadinha do Jorge Silva Melo, insubstituível agente provocador, escarafunchava na ferida que nestes últimos dois meses temos visto a ganhar proporções de tremenda dor colectiva, mais linha de emergência para tapar o sol com a peneira, menos festival para uns quantos pagarem as contas enquanto os outros, temos pena, lá terão de viver da ajuda alimentar: “Olha”, e assim se cutuca o jornalismo cultural dito de referência, “o que se vai passando com os pobres”.