25 de Abril de 2020: uma celebração mais curta e minimalista

Enchente de outros anos no hemiciclo não se verificará desta vez.

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Parlamento terá pouca gente este ano Rui Gaudencio

A cerimónia do 25 de Abril na Assembleia da República será, este ano, minimalista. Em vez de 700 pessoas só estarão presentes perto de 100, não haverá desfile nem guarda de honra, a banda que toca o hino nacional será substituída por uma gravação e o espaço de habitual convívio estará condicionado. Fora do Parlamento, em Lisboa, também não haverá a habitual descida da Avenida da Liberdade.

Mantém-se o habitual hastear da bandeira, pelas nove da manhã, e 50 minutos mais tarde o içar do pavilhão presidencial. Pouco depois, Marcelo Rebelo de Sousa chega a São Bento – António Costa já lá está – e é recebido, na base da escadaria exterior, pelo Presidente da Assembleia da República. Está previsto que os dois se cumprimentem, mas não se sabe qual será o cumprimento adoptado.

Quando Marcelo Rebelo de Sousa, Eduardo Ferro Rodrigues, António Costa e os seis membros do Governo que o acompanham, deputados e convidados estiverem já no hemiciclo e nas galerias, às 10h, é “interpretado o hino nacional, com a assistência de pé”, como se lê nas regras do cerimonial partilhadas pela Direcção de Relações Internacionais, Públicas e Protocolo da Assembleia da República.

Pelas 10h15, depois do discurso do presidente do Parlamento, começam os partidos políticos a discursar, da Iniciativa Liberal ao PS (por ordem crescente dos resultados eleitorais - apenas Joacine Katar Moreia não intervirá). No final, por volta das 11h05, é a vez do Presidente da República. Antes de terminar a sessão, que é relativamente mais curta dos que as anteriores, ouve-se novamente o hino.

É a primeira vez que a celebração do 25 de Abril vai decorrer sem acções de rua, mas em 1983, em 1993 e em 2011 não houve sessão evocativa no Parlamento e em 1992, por proposta do então Presidente Mário Soares, a celebração transferiu-se para a zona de Belém, numa tentativa de a tornar mais apelativa e sensibilizar os mais jovens para as conquistas democráticas.

Em 1983, a sessão no Parlamento não se realizou por haver eleições legislativas no próprio dia 25 de Abril; em 2011, por a assembleia se encontrar dissolvida; e em 1993, quando os órgãos de comunicação social decidiram em bloco boicotar todos os trabalhos parlamentares em protesto contra a limitação da circulação dos jornalistas no edifício de S. Bento, em Lisboa. Como não haveria cobertura, decidiu-se cancelar a sessão no Parlamento. com Lusa

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