Hipótese de ter uma vacina produzida em massa em 2021 é “incrivelmente pequena”

O director-geral da Saúde inglês defende que até existir uma vacina ou medicamentos eficazes para a covid-19, será necessário apostar nas medidas de distanciamento social.

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O director-geral da Saúde inglês, Chris Whitty, durante a conferência de imprensa, em Londres Andrew Parsons/Reuters

Há uma hipótese “incrivelmente pequena” de ter uma vacina ou tratamento altamente eficaz para o novo coronavírus no próximo ano civil (2021), assumiu esta quarta-feira o director-geral da Saúde inglês, Chris Whitty.

“A longo prazo, a saída desta crise será uma de duas coisas: a ideal é uma vacina altamente eficaz... ou medicamentos altamente eficazes”, disse o responsável aos jornalistas. “Até que os tenhamos — e a probabilidade de os termos durante o próximo ano civil é incrivelmente pequena, acho que devemos ser realistas sobre isso — teremos de confiar nas medidas sociais”.

Chris Whitty defendeu que, embora o Reino Unido já tenha atingido o pico da actual pandemia de covid-19, será necessário manter o distanciamento social até pelo menos ao final deste ano, para evitar novos surtos de infecção pelo novo coronavírus.

O especialista acrescentou que “temos de ser bastante realistas” e que medidas de distanciamento social “altamente disruptivas” terão de permanecer em vigor durante “um longo período de tempo”.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou nesta terça-feira em conferência de imprensa que os ensaios clínicos para a vacina da covid-19 que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford começarão nesta quinta-feira e reforçou ainda que o Governo está a “apostar tudo” no desenvolvimento de uma vacina. Mas mesmo depois de ter uma vacina eficaz será preciso tempo para a produzir em massa e para a fazer chegar à população. 

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