Killing Eve: Eve e Villanelle estão de volta

A terceira temporada da série criada por Phoebe Waller-Bridge a partir de uma saga de livros de Luke Jennings chegou esta segunda-feira à HBO Portugal. Suzanne Heathcote substituiu entretanto a criadora nos comandos deste projecto.

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Fiona Shaw e Sandra Oh na terceira temporada de Killing Eve, que chegou esta segunda-feira à HBO Portugal HBO

Quando se estreou, em 2018, Killing Eve era “a outra” série de Phoebe Waller-Bridge, a criadora e protagonista de Fleabag. Adaptação da saga Codename Villanelle, escrita por Luke Jennings, mostrava a obsessão mútua entre uma mulher que trabalha à secretária nos serviços secretos internacionais britânicos, o MI-6, e uma altamente dotada assassina sociopata que anda à volta do mundo a matar pessoas por dinheiro, sim, mas também por diversão. Tudo assente em duas actrizes que pareciam ter nascido para aqueles papéis: Sandra Oh, que recebeu um Globo de Ouro pela sua prestação como Eva Polastri, a funcionária do MI-6, e Jodie Comer, a assassina Villanelle.

A segunda época de Killing Eve, estreada no ano passado, altura em que a série finalmente chegou até nós via HBO Portugal, aprofundou o jogo do gato-e-do-rato que vai virando a vida das duas do avesso. Se a primeira leva de episódios, já com Emerald Fennel aos comandos, substituindo Phoebe Waller-Bridge, começou bem, a qualidade foi variando ao longo da temporada, muitas vezes sem se aproximar da magia antiga. Agora, mais uma mudança. A terceira época, que arrancou na noite de domingo na BBC America e chegou cá esta segunda-feira através do serviço de streaming da HBO, é gerida por Suzanne Heathcote, que ate aqui trabalhara essencialmente na escrita para teatro e em Fear the Walking Dead (um universo ficcional em que quem manda na escrita também muda recorrentemente). Coincidentemente, a mais recente temporada de Killing Eve chega no mesmo dia em que se fica finalmente a conhecer Run, a nova série de Phoebe Waller-Bridge.

No primeiro episódio, que decorre cerca de meio ano após o final do anterior, as protagonistas estão separadas, cada uma a tentar seguir com a sua vida, se bem que de formas muito diferentes. Só que, como sempre nestas coisas, deixar o passado para trás não é propriamente possível, e a obsessão das duas tratará, é expectável, de as voltar a juntar – afinal, é essa a melhor parte da série. Tal como a sua antecessora, Suzanne Heathcote parece levar mais a sério as conspirações que se escondem atrás do misterioso consórcio que paga a Villanelle para matar, bem como as suas ligações com governos, negócios e serviços secretos de vários países. Ainda assim, conserva o sentido de humor: a série continua a divertir-se a inventar formas coloridas e imaginativas de matar pessoas, e a manter-nos razoavelmente interessados na vida destas personagens (a isso ajudam, obviamente, as actrizes). Mesmo que seja possível que muita gente vá morrer algures por aí, até as pessoas de quem mais gostamos, ou não fosse esta uma série sobre uma assassina num mundo pós-A Guerra dos Tronos

Por falar em elenco, além de Oh e Comer, mantêm-se em destaque a sempre impressionante e hilariante Fiona Shaw, no papel de uma chefe do MI-6, ou Kim Bodnia como Konstantin, que dá as ordens a Villanelle. No primeiro episódio, entre outras, há duas novas caras notáveis: a veterana Harriet Walker, que foi Clementine Churchill em The Crown, que encarna a mentora de Villanelle, e Steve Pemberton, de Liga de Cavalheiros, um novo chefe do MI-6.

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