Laura Spinney: “Só vamos aprender a lição se morrer muita gente”

A jornalista de ciência e escritora Laura Spinney estudou o enorme impacto da crise provocada pela gripe espanhola de 1918 para o livro Pale Rider. Para esta especialista, que tem assinado vários artigos sobre a actual pandemia, “a história demonstra que gostamos de reagir em vez de prevenir”.

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Adriano Miranda

Escolas fechadas, cidades em quarentena e cartazes a alertar para a importância de lavar as mãos. Imagens que fazem parte do nosso dia-a-dia, mas que mais não são do que um reflexo do que aconteceu há cem anos quando, depois da Primeira Guerra Mundial, o mundo enfrentou um tipo de inimigo diferente, ainda mais mortífero do que as batalhas travadas nas trincheiras. A gripe espanhola, ou pneumónica, matou, de 1918 e 1920, entre 50 a 100 milhões de pessoas. Um quarto da população mundial da época foi contaminada. Em Portugal, terão morrido cerca de 70 mil pessoas. Cem anos depois, o mundo enfrenta um novo vírus global. A jornalista de ciência Laura Spinney, autora do livro Pale Rider: The Spanish Flu of 1918 and How It Changed the World, estudou o impacto dessa crise na sociedade e a forma como o mundo enfrentou o problema. Apesar dos avanços tecnológicos, a quarentena e o distanciamento social, mesmo num mundo global, diferente dos anos 1910, continuam a ser as armas mais eficazes.

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