PSD quer explicações por substituição no Hospital das Forças Armadas

Ministério da Defesa de João Gomes Cravinho revela que substituição ocorreu na passada sexta-feira, 20 de Março.

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Gomes Cravinho vai ser chamado ao Parlamento LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O PSD solicitou ao ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, explicações sobre a demissão do brigadeiro-general Fazenda Branco do cargo de director do Hospital das Forças Armadas (HMFA).

Em requerimento enviado esta segunda-feira ao Presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues, o partido de Rui Rio faz várias perguntas a Gomes Cravinho. Nomeadamente, se o Governo teve conhecimento antecipado desta decisão do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, e se concordou com a exoneração proposta.

Do mesmo modo, o PSD quer saber quais os motivos que levaram à demissão de um cargo, que o brigadeiro-general Fazenda Branco desempenhava há apenas seis meses, faltando-lhe, portanto, mais de três anos para concluir esta comissão de serviço.

Os deputados do PSD que requerem ao Presidente da Assembleia da República esta audição do ministro da Defesa Nacional destacam o actual contexto de estado de emergência devido à pandemia de covid -19 e destacam que os dois pólos do HMFA, no Porto e em Lisboa, estão  na linha de apoio combate  ao novo coronavírus.

A direcção do Hospital Militar das Forças Armadas cabe rotativamente a cada um dos ramos, sendo o brigadeiro-general Fazenda Branco oficial do Exército. Esta solução terá potenciado problemas entre os ramos quanto à gestão daquela unidade de saúde que conta cinco anos.

Em comunicado enviado ao fim desta manhã de segunda-feira ao PÚBLICO, o Ministério da Defesa Nacional é parco em explicações.

Na verdade, o ministério limita-se a dar conta que o coronel tirocinado médico Rui Fernando Gonçalves Teixeira de Sousa tomou posse no dia 20, ou seja, na passada sexta-feira, como director do HMFA, substituindo o seu antecessor, brigadeiro-general Fazenda Branco, que regressa ao Exército.

“A nomeação e a exoneração foram aceites pelo Ministério da Defesa, sob proposta do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, ouvido o Conselho de Chefes de Estado-Maior”, conclui o comunicado.

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