A Máfia não aceitou Joe Barboza e ele vendeu-a ao FBI

A história do assassino de origem portuguesa foi transformada num livro, agora editado por cá. Mas o caso de Joe Barboza não se vai ficar por aqui. A sua vida vai chegar ao cinema, num filme cujo argumento está nas mãos dos autores de BlackKklansman, de Spike Lee, pelo qual ganharam um Óscar.

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Ninguém se surpreendeu com a forma como Joe Barboza acabou. O lusodescendente sempre estivera ligado ao crime e esforçara-se para atingir o sonho da sua vida: tornar-se o primeiro “português” a fazer parte da Máfia siciliana instalada nos Estados Unidos. Nunca o conseguiu de facto. A Máfia serviu-se dele, mas não o deixou sentar-se à mesa, encomendando-lhe assassínios de conveniência, mas negando-lhe o ritual que o tornaria um membro efectivo da organização. E ele vingou-se, tornando-se o instrumento central de um dos mais notórios casos de corrupção envolvendo o poderoso serviço de investigação federal norte-americano, o FBI. Por causa dele, algumas das principais figuras do crime organizado de Boston foram parar à cadeia, e em alguns casos por crimes que não tinham cometido. Por isso, quando Joe Barboza foi morto a tiro, na rua, a 11 de Fevereiro de 1976, com apenas 43 anos, ninguém ficou surpreendido. Nem o próprio.

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