Portugal recomenda “cautela em todas as viagens e deslocações” à região do Golfo devido a conflito

A nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros apela ainda aos cidadãos que evitem “sempre lugares de demonstrações públicas ou aglomerações”.

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LUSA/DIVYAKANT SOLANKI

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português recomendou aos cidadãos “cautela em todas as viagens e deslocações” à região do Golfo Pérsico, face “aos recentes acontecimentos”, e aconselhou os portugueses a manterem-se informados sobre a evolução da situação.

“Face aos recentes acontecimentos no Iraque, a situação de segurança em toda a região do Golfo pode sofrer alterações a qualquer momento, pelo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros recomenda cautela em todas as viagens e deslocações”, lê-se numa nota publicada na quarta-feira no Portal das Comunidades Portuguesas.

O Governo português aconselha os portugueses a manterem-se actualizados “acerca das notícias divulgadas nos meios de comunicação social”, assim como no portal das Comunidades e a fazer “previamente o registo” da “viagem através da aplicação Registo Viajante”.

A nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros apela ainda aos cidadãos que evitem “sempre lugares de demonstrações públicas ou aglomerações, caso ocorram”, e recomenda-lhes que sigam as orientações das autoridades locais.

Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados na quarta-feira de madrugada contra duas bases iraquianas com tropas norte-americanas, em Ain al-Assad (oeste) e Erbil (norte).

O ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança”, em retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, comandante da sua força Al-Quds, na sexta-feira, num ataque aéreo em Bagdade ordenado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

A televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi designada “Mártir Soleimani” e matou “pelo menos 80 militares norte-americanos”, mas Donald Trump negou a existência de baixas.

Numa comunicação ao país, o Presidente dos EUA anunciou que Washington vai intensificar sanções económicas contra o Irão, mas não referiu nova retaliação militar.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, disse que os militares portugueses no Iraque estão “fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de 200 quilómetros dos locais onde caíram os mísseis iranianos.

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