Papa Francisco denuncia acções “de grupos extremistas” em África

Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi”, o Papa Francisco recordou “as numerosas crianças atingidas pela guerra e pelos conflitos no Médio Oriente” e pediu esperança para a América Latina.

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O Papa Francisco durante a tradicional mensagem “Urbi et Orbi” na praça de São Pedro VATICAN MEDIA/Reuters
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Basílica de São Pedro
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Riccardo Antimiani/LUSA

O Papa Francisco denunciou nesta quarta-feira na tradicional mensagem de Natal as acções “de grupos extremistas” no continente africano, especialmente no Burkina Faso, no Mali, no Níger e na Nigéria. Neste continente onde reinam “violências, calamidades naturais ou emergências de saúde”, o Papa Francisco também quis expressar o seu consolo “a todos os que são perseguidos por causa da sua fé religiosa, especialmente os missionários e os fiéis sequestrados”. 

Em relação ao Médio Oriente, o Papa Francisco pediu à comunidade internacional para “garantir a segurança”, particularmente na Síria. 

Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi” na praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou “as numerosas crianças atingidas pela guerra e pelos conflitos no Médio Oriente e em diversos países do mundo”. 

Desejando particularmente “o conforto do bem-amado povo sírio que ainda não vê o fim das hostilidades que dilaceraram o país nesta década”, o soberano pontífice exortou “os governos e a comunidade internacional a encontrarem soluções que garantam a segurança e a coexistência pacífica dos povos da região”, cujo sofrimento deve terminar.

O soberano pontífice argentino também teve um pensamento de “apoio para o povo libanês, para que possa sair da actual crise e redescobrir a sua vocação de ser um mensageiro da liberdade e da convivência harmoniosa para todos”.

Francisco considerou ainda que os habitantes da Terra Santa “aguardam dias de paz e segurança” e destacou também as “tensões sociais” no Iraque e a “grave crise” ajuda no Iémen.

Papa pede esperança para a América Latina

O Papa Francisco pediu ainda esperança “para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política” e incentivo ao “povo venezuelano há muito afectado por tensões” políticas e sociais.

Durante a tradicional mensagem de Natal, o Papa Francisco falou dos conflitos no mundo, como em outras ocasiões, e começou por sublinhar as “trevas” nos corações humanos, nos relacionamentos pessoais e familiares, e nos conflitos económicos, geopolíticos e ecológicos, salientando a “luz de Cristo”.

Na sua mensagem, o Papa pediu “que o pequeno filho de Belém seja esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política”, mas sem mencionar os países acerca dos quais falava.

O Papa apelou a que se abençoem “os esforços de todos aqueles que se esforçam por favorecer a justiça e a reconciliação, e se empenham em superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa”.

Francisco e o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, encorajaram de novo as difíceis negociações de paz no Sudão do Sul, um dia depois de terem sido adiadas para Janeiro. “Neste período de Natal e no início de um novo ano, nós desejamos dirigir-vos e a todo o povo do Sudão do Sul os nossos melhores votos de paz e prosperidade”, escrevem aos líderes políticos do país numa mensagem conjunta publicada pelo Vaticano.

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Riccardo Antimiani/LUSA

O Papa Francisco e Justin Welby, chefe da Igreja Anglicana, anunciaram, em Novembro, que viajariam juntos para o Sudão do Sul se um governo de unidade nacional permitisse garantir a paz até meados de Fevereiro de 2020. Na mensagem de Natal, os líderes religiosos já não estabelecem qualquer data.

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