Tiago Rodrigues: “Gostaria que o teatro português visse este prémio como seu”

O Prémio Pessoa 2019 consagra o percurso invulgarmente internacional de Tiago Rodrigues. O actual director do Teatro Nacional D. Maria II, que há anos se move com à vontade entre os mais importantes centros do circuito teatral europeu, espera que a distinção possa fortalecer a luta dos artistas, num país que não lhes tem facilitado a vida.

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MIGUEL MANSO

Não foi por acaso que a notícia de que acabava de se tornar o mais recente vencedor do Prémio Pessoa apanhou Tiago Rodrigues em Londres, onde está a dirigir uma das mais prestigiadas companhias de teatro da Europa – a Royal Shakespeare Company, com a qual estreará em Agosto o espectáculo Blindness and Seeing, a partir de José Saramago. A “excepcional projecção dentro e fora do país” do mais internacional dos encenadores portugueses foi uma das razões apontadas pelo júri da 33.ª edição do prémio para distinguir, aos 42 anos, este também dramaturgo e actor que muito cedo percebeu que o teatro português era um meio demasiado acanhado para aquilo que tinha em mente, e que acabou por ser premiado lá fora (recebeu há um ano, em São Petersburgo, o Prémio Europa – Novas Realidades Teatrais) antes de ser premiado cá dentro.

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