Novas aquisições ajudam vendas da Sonae a crescer 10% até Setembro

Grupo investiu nos primeiros nove meses 275 milhões de euros, o que correspondente a um milhão de euros por dia, em expansão orgânica e aquisições.

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Cáudia Azevedo, CEO da Sonae, destaca "forte desempenho operacional no terceiro trimestre Nelson Garrido

O volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 9% no terceiro trimestre, para 1674 milhões de euros, e 10% nos primeiros nove meses do ano, para 4635 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a empresa.

“O crescimento foi sobretudo impulsionado pela Sonae MC, mas também por um conjunto de aquisições realizadas nos últimos 12 meses, em especial a compra da participação de 20% na Sonae Sierra e o investimento, por parte da Sonae MC, numa participação de controlo na Arenal”, avança a empresa em comunicado.

Sem as aquisições, o grupo que é proprietária do PÚBLICO teria registado um crescimento de 5% nos primeiros nove meses do ano.

O aumento das vendas foi acompanhado de uma “melhoria da rentabilidade operacional”, reflectida num crescimento de 21% do EBITDA (sigla inglesa para resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subjacente, nos últimos três meses, para 162 milhões de euros, e de 24% nos nove meses, para 402 milhões de euros.

Ainda em relação aos principais indicadores, o grupo apresentou um resultado líquido atribuível aos accionistas de 50 milhões de euros, no terceiro trimestre, uma duplicação face aos 24 milhões registados em período homólogo. Nos primeiros nove meses, “o resultado líquido total ascendeu a 131 milhões de euros, sendo a parte atribuível aos accionistas de 88 milhões de euros (valor que pressupõe um crescimento expressivo, se excluídos os itens não recorrentes)”, avança a empresa. 

Acrescenta que “relativamente aos itens não recorrentes, a Sonae registou no terceiro trimestre mais-valias relativas à transacção da WeDo e a operações de sale & leaseback (venda e posterior arrendamento do mesmo imóvel), contribuindo para o registo positivo de quatro milhões de euros, face a um comparável de 33 milhões nos primeiros nove meses de 2018 (valor influenciado pela importante mais valia decorrente da venda de uma participação na Outsystems no segundo trimestre do ano passado)”.

O investimento desde o início do ano ascendeu a 275 milhões de euros, mais de um milhão de euros por dia, reflectindo expansão orgânica e aquisições, e, no mesmo período, a dívida líquida diminuiu em 113 milhões de euros, em base comparável, e em 20 milhões de euros em termos homólogos.

Os resultados conseguidos levam a presidente executiva, Cláudia Azevedo, a dizer que “a Sonae manteve um forte desempenho operacional no terceiro trimestre, consolidando assim os resultados positivos atingidos no primeiro semestre do ano”.

Retalho alimentar cresceu em 9,5%

O maior negócio do retalho alimentar, a Sonae MC, registou um crescimento de 9,5% no volume de negócios, para 3427 milhões de euros nos primeiros nove meses, “reforçando assim, uma vez mais, a sua posição de liderança”.

“O crescimento foi sustentado por uma forte evolução das vendas no parque de lojas comparáveis em todos os segmentos, impulsionado sobretudo pelo aumento dos volumes, bem como pelo contínuo esforço de expansão, com a abertura de 58 novas lojas operadas pela empresa (incluindo nove lojas Continente Bom dia e duas lojas Continente Modelo) durante os nove meses, e pela aquisição da Arenal no início do ano”, refere o comunicado. Em termos de rentabilidade, o EBITDA subjacente da Sonae MC cresceu de 299 milhões para 340 milhões de euros de Janeiro a Setembro.

No retalho de electrónica, a Worten atingiu um volume de negócios de 744 milhões nos nove meses, com destaque positivo para o mercado nacional. O Marketplace da Worten produziu resultados acima das expectativas, ajudando a impulsionar o crescimento das vendas online em quase 50% em termos trimestrais.

Em Agosto, a Worten reforçou a sua proposta de valor, tornando disponível em todas as lojas físicas a gama completa de produtos do Marketplace. O EBITDA subjacente fixou-se em 29 milhões de euros com uma margem de 3,9%.

O volume de negócios da Sonae Fashion aumentou 4,2% no terceiro trimestre suportado pelo crescimento no parque de lojas comparável e a avanços no e-commerce, apresentando elevadas taxas de crescimento no terceiro trimestre (nomeadamente a Zippy com mais 62% e a MO com mais 45%). O EBITDA subjacente melhorou em 3,4 milhões de euros, atingindo uma margem de 7,9%.

No segmento do desporto, o volume de negócios da ISRG aumento 15,5%, atingindo 500 milhões e nos serviços financeiros, a Sonae FS o crescimento foi de 17,7% para 27 milhões de euros.

A Sonae IM entrou no capital de seis novas empresas durante os primeiros nove meses, registando um crescimento no volume de negócios, numa base comparável, 12,3%.

A Sonae Sierra registou um crescimento de 3,4% do volume de negócios, para 164 milhões de euros, “continuando a registar um sólido desempenho operacional”, avança a empresa. E as receitas operacionais da operadora Nos aumentaram 1,5% face ao ano passado.

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