Worten investe sete milhões e passa a vender online o sofá com o televisor

Nova plataforma de comércio online vai agregar, nesta fase, 100 fornecedores, metade dos quais portugueses. Sortido vai juntar electrónica de consumo a artigos de decoração e lar

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Com sete milhões de euros de investimento, a marca de retalhos especializados não alimentar Worten arranca esta quinta-feira com uma plataforma de comércio electrónico aberta a fornecedores externos.

O projecto, apresentado esta quarta-feira à comunicação social, transforma o modelo de negócio da marca não alimentar do grupo Sonae (também proprietário do PÚBLICO), que “já é hoje a maior loja online” do país com a Worten online, garantiu hoje Mário Pereira, administrador da empresa de electrónica de consumo, electrodomésticos e informática. Para justificar a afirmação, e embora não contabilize as vendas, Mário Pereira explicou: o site actual da Worten “ultrapassa as vendas da loja do Centro Comercial Colombo, que é a nossa maior loja ibérica”.

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Mário Pereira, administrador da Worten DR

A partir de amanhã, a presença digital da Worten transforma-se em “marketplace”, com o investimento referido de sete milhões de euros e a criação de “mais 100 postos de trabalho”, passando a estar disponível para já, em Portugal. São “30 novas categorias” de produtos nas área de “casa, decoração e descanso”, e “reforço da categoria de electrónica e electrodomésticos” com mil referências – em que a ambição é “chegar a um milhão de referências” em breve.

Em Espanha, onde a rede retalhista tem outras 60 lojas, o “marketplace” será lançado em Janeiro.

Mário Pereira afirmou hoje à comunicação social que o que a retalhista não alimentar pretende é “um modelo de negócio novo, diferente” do que fazia até agora, em conjunto com “parceiros especializados”. Aos fornecedores caberá disponibilizar os stocks, a definição conjunta do preço com a retalhista, a entrega e a facturação. Embora aqui, acredite o gestor, o diálogo logístico possa ser bilateral, dado o facto de a Worten estar já no mercado. O “tráfego, pagamentos, relação com os clientes” e obviamente a selecção dos fornecedores e a colocar na nova plataforma de comércio electrónico.

Nesta fase – porque esta é o arranque de um processo que terá novos desenvolvimentos futuros, salientou Mário Pereira – a rede de lojas já existentes – são 180 Worten em todo o país – irá servir de “apoio à compra e à recolha” às aquisições feitas online.

Com 10 milhões de euros investidos em 2018 em expansão – 11 lojas novas em Portugal e outras 10 em Espanha – o “impacto” da criação da nova plataforma “será mais no modelo de loja [física] do que no número de lojas em si” no médio prazo.

Já sobre a previsão de crescimento para este ano – e impacto do investimento no novo modelo de negócio – a gestão salientou apenas que o retorno não será feito em 2018 e relembrou que, entre Janeiro e Junho deste ano, a Worten aumentou em 7,1%o volume de negócios, para 474 milhões de euros, com um crescimento “like for like” – vendas comparáveis para o mesmo parque de lojas, sem aberturas nem encerramentos – de 5,8% face ao primeiro semestre de 2017. No ano completo de 2017, recorde-se, a Worten ultrapassou, pela primeira vez na sua história, vendas acima de mil milhões de euros (1003 mil milhões de euros, um crescimento de 10,3%).

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