Benfica está mais perto da porta de saída

“Encarnados” sofreram a terceira derrota em quatro jogos na Liga dos Campeões. Qualificação para os oitavo-de-final ficou bem mais difícil.

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Objectivo, ambição e exigência. Três palavras que Bruno Lage utilizou para descrever o que o Benfica deve ser na Liga dos Campeões. É uma boa declaração de intenções, mas, mais uma vez, não passou disso, com a derrota por 3-1 frente ao Olympique de Lyon, equipa que tinha derrotado há duas semanas na Luz graças a uma oferta de Anthony Lopes. Foi a terceira derrota em quatro jogos para os “encarnados”, que, com duas jornadas ainda por disputar no Grupo G, ficaram com as contas mais difíceis no que diz respeito ao apuramento para os oitavos-de-final. A qualificação não é impossível, mas o Benfica vai precisar de fazer o pleno nos jogos que faltam e esperar que a matemática dos outros lhe seja favorável.

Se há a exigência de fazer boa figura na Champions, então o técnico do Benfica também terá de fazer alguma autocrítica na forma como tem feito a gestão dos seus recursos humanos. Lage não gosta da palavra rotação, mas é o que tem feito entre os jogos do campeonato e da Champions, por exemplo, na posição de lateral-direito. Tomás Tavares praticamente não joga no campeonato, mas é totalista na Liga milionária e, sem colocar em causa o potencial do jovem jogador, André Almeida terá outra segurança na posição. E foi precisamente por aquele lado que o Lyon, uma equipa com muita gente rápida e habilidosa na frente, carregou mais.

O Benfica ainda se estava a ambientar ao jogo quando o Lyon se colocou em vantagem, aos 4’. Canto curto do lado direito do ataque, a bola chegou a Dubois e viajou até à área, onde o central dinamarquês Andersen se elevou para fazer o 1-0. Um golo madrugador numa bola parada poderia ser um acidente facilmente anulado se o Benfica estivesse “inteiro” em campo, mas não estava. E, aos 16’, ficou ainda menos “inteiro” com a saída por lesão de Ferro após choque com Vlachodimos — o jovem central saiu de maca e deu o lugar a Jardel.

Nada disto era problema do Lyon, que foi fazendo o seu jogo de pressão alta no meio-campo, conquista da bola e ataque rápido. E muitas vezes avançava pelo flanco onde estava Tomás Tavares, com a companhia de Gedson (e não Pizzi). Aouar, um rapidíssimo internacional jovem francês, fazia o que queria naquele flanco e tinha a companhia de homens como Depay ou Dembélé. Foi por ali que os franceses construíram a jogada do 2-0, aos 33’. Aouar ganhou em velocidade, foi até à linha de fundo e fez o passe perfeito para Depay marcar.

O Benfica até teve algumas aproximações à baliza de Anthony Lopes, mas era Gedson quem ficava quase sempre livre para o remate e a bola nunca ia na direcção desejada. Só no final da primeira parte é que o guardião luso-francês teve de mexer-se, num remate à figura de Chiquinho. Era isto que Bruno Lage desejaria, mas para o jogo todo, e foi o que tentou reforçar para a segunda parte, com a entrada de Seferovic para o lugar de Gedson. Rudi Garcia, do lado francês, entrou em modo gestão, tirando de campo Memphis Depay.

O Benfica reentrou no jogo com urgência de marcar e teve várias situações que poderiam ter dado golo, sobretudo um remate de Seferovic aos 57’ que deu uma defesa vistosa de Lopes e um contra-ataque aos 63’ em que Vinícius não soube o que fazer com a bola. Mas as “águias” só deram um verdadeiro salto qualitativo no jogo com a entrada de Pizzi, aos 73’. Três minutos depois, foi ele a fazer o passe que desmarcou Seferovic no lance que o suíço transformou no 2-1.

Havia ainda tempo para salvar qualquer coisa e os “encarnados” avançaram com sofreguidão, mas foi o Lyon a matar o jogo aos 89’. Traoré recebeu uma bola da área, tirou Jardel do caminho e rematou para a baliza. Era o epílogo ajustado para um jogo em que o Lyon, 10.º classificado da Liga francesa, foi melhor durante mais tempo frente a um Benfica que pouco fez para contrariar a narrativa de que não tem andamento para a Champions.

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