Águas residuais e seringas dizem que consumimos cada vez mais cocaína por via injectada e cada vez mais pura

Da análise à água que circula nos esgotos à verificação dos vestígios deixados nas seringas, os investigadores estão cada vez mais criativos nos métodos de monitorização do fenómeno das drogas. Mas, alerta o epidemiologista João Matias, os velhinhos inquéritos à população não vão deixar de ser úteis.

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A pureza da cocaína, cuja produção na América do Sul continua a aumentar e cujos preços estão estáveis, está a atingir níveis nunca vistos Nuno Ferreira Santos/ Arquivo

É um gesto banal no quotidiano de todos, mas a verdade é que o simples acto de descarregar o autoclismo pode fornecer informação muito precisa sobre que drogas andamos a consumir, em que zonas e em que quantidades. E todos os anos, dezenas de investigadores europeus – portugueses incluídos – põem-se a analisar as águas que circulam nos esgotos de dezenas de cidades europeias, no momento em que aquelas chegam às respectivas estações de tratamento, para, a partir dos metabolitos excretados pela urina, perceberem que substâncias andam a ser consumidas pelos residentes e em que quantidades.

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