Os dias do horror não são velhos
Trieste é um romance-monumento onde tudo cabe. Na tradição da ficção documental, a autora croata parte de factos reais, prova-os, e ficciona. Em redor ergueu um aparato com documentos.
Uma mulher está sentada a baloiçar-se junto a uma janela alta, numa sala do terceiro andar de um prédio austro-húngaro na parte antiga de Gorizia – uma localidade perto de Trieste. Aos pés tem um grande cesto, e dele vai retirando cartas, fotografias, bilhetes-postais, recortes de jornais, revistas, e folheia-os, depois volta a ordená-los, no chão ou em cima da secretária junto à janela.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.