Um telemóvel com pouca tecnologia (e demasiado preço)

O objectivo dos telemóveis da marca Light é ajudar as pessoas a passar menos tempo agarradas à tecnologia. Os preços começam nos 150 euros.

Em Portugal, o telemóvel, que tem de ser encomendado, funcionará com as operadoras MEO e Vodafone
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Em Portugal, o telemóvel, que tem de ser encomendado, funcionará com as operadoras MEO e Vodafone Light
Em Portugal, o telemóvel, que tem de ser encomendado, funcionará com as operadoras MEO e Vodafone
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Em Portugal, o telemóvel, que tem de ser encomendado, funcionará com as operadoras MEO e Vodafone Light

O objectivo dos telemóveis da marca Light é ajudar as pessoas a passar menos tempo agarradas à tecnologia. Enquanto o primeiro telemóvel só fazia chamadas, a versão mais recente permite enviar mensagens, programar alarmes e até obter direcções – só que com setas minimalistas no ecrã em vez de mapas. Custa 350 dólares (cerca de 317 euros). De fora continuam quaisquer câmaras, sensores biométricos ou aplicações móveis.

 “O Light Phone II nunca terá redes sociais, anúncios, notícias ou email”, frisa a equipa na apresentação do telemóvel na IFA 2019, uma grande feira de tecnologia de consumo em Berlim. “As nossas ferramentas têm objectivos, não são feeds intermináveis.”

De acordo com a empresa, em Portugal o telemóvel funcionará com as operadoras MEO e Vodafone, mas não com a NOS. 

Os fundadores da Light, Joe Hollier e Kaiwei Tang, conheceram-se em 2014 num programa do Google para criar aplicações móveis. Acreditam que o novo telemóvel representa um meio-termo entre um aparelho que faz demasiado e outro que faz muito pouco. Lançado em 2017, o Light Phone não permitia ler mensagens ou sequer guardar contactos numa lista telefónica. Apesar das limitações, e do preço de 155 euros, o aparelho minimalista reuniu mais de 200 mil dólares numa campanha de financiamento colectivo (o dobro do que pediam). Mas o sucesso inicial não foi prolongado, com os próprios fundadores a admitir que deixaram de usar regularmente aquele telemóvel por perderem mensagens de amigos. A nova versão tenta resolver o problema.

Os investidores incluem a taiwanesa Foxconn (que produz componentes para aparelhos da Apple), John Zimmer (co-fundador da aplicação de partilha de viagens Lyft) e Scott Belsky (responsável pelo católogo de produtos da Adobe).

Há, no entanto, várias outras opções para quem quer um telemóvel mais simples, sem investir tanto. O novo Nokia 110, também apresentado durante a IFA, é um exemplo. Por 15 euros, além de fazer chamadas, programar alarmes e enviar mensagens, também vem com uma câmara traseira e um leitor de música.

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