Donald Trump promoveu, esta quarta-feira, uma conferência de imprensa na Sala Oval da Casa Branca, para fazer um ponto de situação da evolução do furacão Dorian. No encontro com os jornalistas, o Presidente dos Estados Unidos mostrou um mapa do Centro Nacional de Furacões, datado de 29 de Agosto, com o trajecto e intensidade da tempestade. Mas a linha que assinalava os estados afectados pela tempestade tinha sido prolongada, com um marcador preto, tocando levemente o estado do Alabama.

A razão? Um tweet de Trump, publicado no domingo, em que o Presidente alertava os habitantes de vários estados (entre os quais o do Alabama) para a violência do furacão.

Porém, o Serviço Nacional Meteorológico do Alabama desmentiu a publicação de Trump, tranquilizando os habitantes e deixando a garantia de que os efeitos não seriam sentidos. 

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“O Alabama não verá QUAISQUER impactos do Dorian. Repetimos, nenhum impacto do furacão Dorian será sentido em todo o Alabama. [O furação] ficará demasiado a leste”, escreveu esta entidade no Twitter.

Não se sabe ao certo quem adulterou o mapa com o percurso do furacão. A alteração de um documento oficial, de acordo com a lei norte-americana, constitui um crime.

Ao Washington Post, Donald Trump negou qualquer conhecimento sobre esta questão — que ganhou o nome de Sharpiegate nas redes sociais —, garantindo ter recebido vários outros documentos que apontavam para “95%” a probabilidade do Alabama ser atingido pelo furacão Dorian.

Esta tempestade atingiu na segunda-feira o arquipélago das Bahamas, tendo já provocado mais de 20 mortos no arquipélago.