Líder do Democracia 21 será candidata independente pelo Partido Popular Monárquico

Sofia Afonso Ferreira irá concorrer em segundo lugar pelo círculo de Lisboa. O movimento Democracia 21 foi criado há um ano, mas ainda não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para se formalizar enquanto partido e volta a candidatar-se em coligação.

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Sofia Afonso Ferreira, líder e fundadora do movimento Democracia 21 Miguel Manso

A fundadora e líder do movimento Democracia 21, Sofia Afonso Ferreira, anunciou nesta quinta-feira que se irá candidatar às eleições legislativas como independente pelo Partido Popular Monárquico, com quem já tinha corrido em coligação — juntamente com outras forças partidárias — nas últimas eleições europeias. A líder do movimento, que se apresenta como um “projecto de direita, liberal na economia e nos costumes”, candidata-se no segundo lugar da lista, pelo círculo de Lisboa.

Ex-militante do PSD, Sofia Afonso Ferreira abandonou o partido social-democrata após a saída de Passos Coelho, na sequência das eleições autárquicas de 2017. Por essa altura, Sofia Afonso Ferreira participou no congresso do ALDE (Aliança Liberal e Democratas na Europa) que lhe serviu de inspiração para a criação do movimento. “Foi um banho de liberalismo”, recorda.

Sofia Afonso Ferreira não será o único nome do Democracia 21 a correr pelo PPM, que “integra vários membros do D21 enquanto independentes” nas suas listas, lê-se no comunicado enviado pelo movimento às redacções.

Criado há mais de um ano, o Democracia 21 (D21) ainda não conseguiu as assinaturas necessárias para ser reconhecido formalmente como partido pelo Tribunal Constitucional e, por isso, continua a candidatar-se em coligação com partidos já formalizados. Em Janeiro, a líder do Democracia 21 garantia que o movimento iria apresentar as assinaturas necessárias até Fevereiro e dava como certa a candidatura às legislativas enquanto partido. No entanto, o movimento cívico não conseguiu cumprir o prazo.

Nas eleições europeias de Maio, o movimento Democracia 21 já se havia juntado ao Partido Popular Monárquico (PPM) e, juntamente com o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) e o partido Chega, formou a coligação Basta. Juntas, as quatro forças políticas reuniram 1,9% dos votos.

Um mês depois da corrida a Bruxelas, o Democracia 21 anunciava a sua saída da coligação. Nessa altura, a líder do movimento adiantava que o partido estava “em diálogo com outras forças políticas para uma nova coligação ou movimento”.

“O D21 e o PPM partilham a mesma visão em termos sociais, económicos e ambientais, um ponto de convergência para a apresentação de propostas fortes nestas áreas”, justifica o comunicado do movimento.

As reformas nos principais sectores, a descida de impostos, a defesa do mundo rural, das florestas e das regiões cinegéticas” são algumas das medidas destacadas no comunicado enviado pelo movimento, que sublinha ainda “um programa para os oceanos e o combate à poluição” como pontos-chave do programa.

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