A Colômbia vai dar nacionalidade a mais de 24 mil crianças filhas de pais venezuelanos que imigraram para o país em busca de assistência ou refúgio, para evitar que estas crianças se tornem apátridas, anunciou o Presidente Ivan Duque.

São abrangidos os filhos de pais venezuelanos nascidos na Colômbia desde 19 de Agosto de 2015 e a medida estará em vigor durante dois anos. Muitas dessas crianças encontravam-se num vazio legal, sem documentos de identidade ou outra prova de cidadania de qualquer país.

Mais de 1,4 milhões de venezuelanos entraram na Colômbia em fuga da crise política e económica de longa duração, que causou graves faltas de alimentos e medicamentos. Há poucos consulados venezuelanos no estrangeiro, e viajar de regresso à Venezuela é difícil e perigoso – o que deixa muitos pais sem hipóteses de registar os seus filhos e obter documentos de identificação.

A Colômbia, ao contrário de outros países latino-americanos que receberam refugiados venezuelanos, não impôs controlos migratórios rígidos, e o Governo (de direita) tem incentivado os migrantes venezuelanos a registarem-se para que as autoridades possam melhor fornecer-lhes serviços públicos, sem viverem sob a ameaça da deportação.