Dez mil investidores particulares emprestaram 51 milhões à SIC

Procura por obrigações superou perto de quatro vezes a oferta. Mais de 30 milhões de euros foram assegurados por aplicações entre 1500 e 3000 euros.

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Particulares garantem folga financeira à empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão Rui Gaudencio

O grupo Impresa, através da SIC, acaba de garantir, através de um empréstimo obrigacionista, um financiamento de 51 milhões de euros, junto de investidores particulares. O empréstimo, a três anos, com uma taxa de juro anual de 4,5% brutos, começou em 30 milhões de euros, mas a forte procura levou o grupo de Pinto Balsemão a aumentar a oferta para 51 milhões de euros.

À forte procura, que atingiu cerca de 200 milhões de euros, não terá sido alheia a divulgação feita pela estação de televisão, incluindo por Cristina Ferreira, responsável pelo programa da manhã.

Para o sucesso do financiamento, que contou com forte divulgação feita pela estação de televisão, foi determinante o elevado número de pequenas ordens: mais de oito mil particulares emprestaram 30 milhões de euros, com aplicações entre 1500 euros (mínimo exigido) e três mil euros. Cerca de 1200 ordens de compras de obrigações aplicaram entre 3000 e 10.000 euros, e 799 aplicaram entre 10.000 e 50 mil euros. Apenas 30 particulares investiram mais de 50 mil euros.

As obrigações SIC 2019-2022 oferecem uma taxa de juro de 4,5% brutos ao ano, correspondendo a uma taxa líquida de 3,26002%, sendo os juros pagos semestralmente. Esta aplicação, que não está isenta de risco, pagará várias comissões bancárias, que anulam boa parte dos ganhos, particularmente nos pequenos montantes aplicados. Em causa está a cobrança de comissões pela subscrição, pagamento de juros, amortização, guarda de títulos e eventuais custos de gestão de conta de depósito à ordem.

A SIC justificou o lançamento do empréstimo com o objectivo de “diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade média da dívida”.

Em Junho, a TAP também começou por pedir 50 milhões de euros em empréstimo obrigacionista, mas a procura permitiu quadruplicar a emissão para 200 milhões de euros.

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