“Peças” universais para usar nas pessoas como fazemos com os carros?

Investigador português, na Universidade de Harvard, participou num projecto que usou a edição genética em células estaminais para controlar as respostas imunitárias à terapia celular. A técnica, patenteada, poderá ajudar a criar “células estaminais universais”, colocando a terapia celular ao alcance de muito mais doentes.

Foto
O investigador Leonardo Ramos Ferreira DR

A metáfora com o mundo da mecânica automóvel é sugerida pelo próprio cientista. “Os carros podem durar para sempre se se continuarem a substituir as peças. Poderia fazer-se o mesmo com as pessoas”, refere Leonardo Ramos Ferreira, numa breve explicação sobre o trabalho publicado na revista da Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS). Em traços gerais, o projecto que contou com a participação do cientista português na Universidade de Harvard usou a ferramenta da edição genética para apagar alguns genes e adicionar outros em células estaminais pluripotentes humanas num desafio que pretendia derrubar as barreiras que existem num transplante. Estas células “universais” tornam-se tecidos que ficam protegidos de uma rejeição do sistema imunitário, o que poderá levar a terapia celular até novos limites.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar