Militantes do 5 Estrelas aprovam continuidade de Di Maio na liderança

O líder foi muito criticado depois da derrota nas eleições europeias, mas 80% dos militantes votaram a favor de uma moção de confiança online.

Foto
Apesar dos críticos internos, Di Maio irá permanecer na liderança do 5 Estrelas Ciro De Luca / Reuters

O líder do Movimento 5 Estrelas, Luigi Di Maio, recebeu o apoio do partido para continuar no cargo, menos de uma semana depois da derrota nas eleições europeias. Di Maio, que é também vice-primeiro-ministro, estava na mira de vários membros do partido, que o culparam pelo mau resultado.

Cerca de 80% dos mais de 56 mil militantes do 5 Estrelas que votaram na quinta-feira na moção de confiança através de uma plataforma online apoiaram a continuidade de Di Maio como líder. Fundado em 2009 pelo comediante Beppe Grillo, como um defensor da democracia participativa, o partido toma várias decisões através de votações pela Internet.

Depois do anúncio dos resultados, Di Maio prometeu “uma profunda reorganização” do partido, cujos pormenores são conhecidos esta sexta-feira. “Estou certo de que sairemos mais fortes do que antes, tanto o Movimento 5 Estrelas como o Governo que apoiamos”, afirmou através de uma publicação no Facebook.

O 5 Estrelas obteve apenas 17% dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu no último domingo, ficando atrás do seu parceiro de coligação, a Liga, de extrema-direita, e do Partido Democrático, de centro-esquerda.

O resultado fortalece a posição da Liga no Executivo, onde os dois partidos lutam por influência. Desde a vitória que o líder da formação de extrema-direita, Matteo Salvini, que tal como Di Maio é vice-primeiro-ministro, tem assumido maior protagonismo, fazendo anúncios de cortes de impostos e a exigir a flexibilização das regras orçamentais europeias.

O voto de confiança dado a Di Maio deverá permitir-lhe mais espaço para que as suas propostas de reformas internas no partido sejam aplicadas. Entre elas está o fim da rejeição do 5 Estrelas em entrar em coligações pré-eleitorais, diz a Reuters.

Sugerir correcção
Comentar