Governo realça contributo português no maior laboratório de física de partículas mundial

A visita do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Suíça inclui passagens por Genebra, Sierre e Zurique. É na região de Genebra que fica o Laboratório Europeu de Física de Partículas, onde trabalham 170 investigadores portugueses.

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Túnel de acelerador de partículas do Laboratório Europeu de Física de Partículas, em Genebra, Suíça Miguel Madeira/Arquivo

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas destacou este sábado a importância do contributo dos cerca de 170 investigadores portugueses no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Meyrin, na região de Genebra, na Suíça.

José Luís Carneiro visitou neste sábado o CERN, onde teve “um diálogo muito pedagógico e construtivo com as autoridades” do maior laboratório de física de partículas do mundo, que “puderam explicitar os termos em que os portugueses têm contribuído para a investigação”.

“Investigadores nas várias áreas, desde a Engenharia Informática à Mecânica, desde a Engenharia Civil à área da Física, os portugueses participam no trabalho que o CERN está a desenvolver também na transferência de conhecimento para a sociedade, para as empresas e a indústria e, muito particularmente, para a área da saúde, no combate às doenças cancerígenas”, declarou.

José Luís Carneiro assinalou também o contributo de portugueses para “o modelo de organização e gestão de todo o centro”, com cidadãos nacionais “associados à organização e à logística de todo o CERN, com milhares de investigadores de todo o mundo”.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas teve uma reunião com os investigadores portugueses que estão a constituir a futura Associação de Graduados Portugueses na Suíça.

O investigador Paulo Gomes afirmou que os investigadores têm vários objectivos na constituição da associação, nomeadamente “pôr em contacto os graduados portugueses do ensino superior que estão a trabalhar na Suíça, para que se possa partilhar experiências, e também colocar os investigadores em contacto com as autoridades portuguesas, seja Governo, seja empresas, seja outros organismos de outros ramos”.

Em breve, a Associação de Graduados Portugueses na Suíça, cujos estatutos estão a ser elaborados, será formalmente constituída, definindo-se os órgãos de gestão.

Na companhia do director-geral do Ensino Superior, João Queiroz, e de representantes de universidades e institutos politécnicos portugueses, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas teve “sucessivos diálogos com a comunidade portuguesa” na Suíça.

“Um desses teve a ver com a apresentação do programa Estudar e Investigar em Portugal, que, numa sessão totalmente cheia com pais e jovens estudantes, explicitou-se os termos em que podem estudar e investigar em Portugal e, sobretudo, explicitou-se a quota que há no ensino superior português para filhos de emigrantes”, disse.

Segundo o governante, também foram explicados “os termos em que podem ver ser reconhecidas as competências do ensino secundário” dos filhos de emigrantes para “efeitos de concurso e de integração no sistema de ensino universitário e politécnico no nosso país”.

Algumas medidas desenvolvidas, como a validade do cartão de cidadão de cinco para dez anos, o novo modelo de passaporte com maior número de páginas para evitar as deslocações aos serviços consulados e as leis eleitorais foram outras matérias abordadas nos contactos do Governo com emigrantes.

Até domingo, a visita do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Suíça inclui passagens por Genebra, Sierre e Zurique.

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