Sobe para 65 número de mortos em colapso de barragem no Brasil

Segundo novo relatório das forças de socorro brasileiras, o número de mortos no Brumadinho deverá aumentar.

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LUSA/ANTONIO LACERDA

O número de mortos confirmados em consequência da ruptura da barragem em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, subiu para 65 ao final da tarde desta segunda-feira, segundo um novo balanço divulgado pela Defesa Civil brasileira.

Das 65 vítimas mortais confirmadas até ao momento, 31 já foram identificadas, havendo ainda 279 desaparecidos, 192 pessoas resgatadas, 386 localizadas e 135 desabrigadas.

As buscas por vítimas encontram-se no quarto dia, e, segundo as autoridades, o número de mortes deve aumentar.

A lama proveniente da ruptura da barragem varreu a comunidade local e parte do centro administrativo da empresa mineira Vale, destruindo o refeitório onde se encontrava uma parte dos funcionários.

Durante esta segunda-feira, 136 militares israelitas chegaram a Brumadinho para reforçar os trabalhos de resgate, juntando-se assim aos cerca de 270 operacionais brasileiros, pertencentes a várias entidades, que já actuam na região.

A ruptura da barragem da empresa de mineração Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, ocorreu na sexta-feira e causou uma avalanche de lama e resíduos minerais.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a ruptura da barragem em Brumadinho era uma “tragédia anunciada”, referindo que já tinha efectuado diversos alertas.

A organização não-governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.

“Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efectuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em Dezembro passado”, referiu a organização em comunicado.

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