Costa quer programa de investimento aprovado por “dois terços” do Parlamento

Programa Nacional de Investimentos 2030 é parte integrante do Portugal 2030, agregando a estratégia de investimentos estruturantes. Plano vai a Conselho de Ministros na quinta-feira

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LUSA/OCTAVIO PASSOS

O primeiro-ministro, António Costa, quer que o Programa Nacional de Investimentos para a próxima década seja aprovado não só pelo Governo como, se possível, pela maioria de dois terços da Assembleia da República.

"Pela primeira vez queremos que seja um programa aprovado não só pelo Governo, mas que seja também aprovado pela Assembleia da República pela maior maioria possível e, desejavelmente, por uma maioria de dois terços. Se é possível não sabemos, mas é desejável que assim seja", referiu o governante durante o lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios pela CP, na estação de Marco de Canaveses, distrito do Porto.

O chefe do Governo explicou a importância de haver "grandes consenso nacionais" nesta questão dado tratar-se de obras de infra-estruturas "não são só para um Governo, nem para apenas uma geração".

"É importante que este debate se faça. Procuramos todos fazê-lo com espírito aberto, nunca há uma boa solução para um problema, há sempre diversas boas soluções, mas temos de procurar combiná-las para obter o consenso mais alargado possível para as infra-estruturas da próxima década", vincou.

Nos últimos meses, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, tem conduzido os trabalhos "em diálogo" com autarcas, forças políticas, associações empresariais e sociedade civil, contou o primeiro-ministro.

"Esta semana, o Conselho de Ministros aprovará aquilo que é o Programa Nacional de Investimentos para a próxima década, aquilo que é o objectivo de investimentos em grandes infra-estruturas até 2030", reforçou.

O Programa Nacional de Investimentos 2030 é parte integrante do Portugal 2030 e concretiza a parte da sua estratégia de investimentos estruturantes.

Neste contexto, o programa será o instrumento de definição das prioridades de investimentos infra-estruturais estratégicos de médio e longo prazo, nos sectores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia.

Abrange as infra-estruturas de nível nacional localizadas em Portugal Continental, estrutura-se por projectos ou programas com investimentos superiores a 75 milhões de euros e tem um horizonte temporal de 10 anos.

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