O novo Pérola Negra: "igualitário e inclusivo"

Foi bar de striptease, em 2016 tornou-se discoteca. Em Novembro deste ano, mantendo intacto o glamour dos seus interiores, reabriu com o objectivo de ser um pólo musical dinâmico. Novas ideias, novas propostas, novos objectivos.

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Paulo Pimenta

“Gostava que o Pérola Negra fosse uma plataforma assente em dois eixos muito importantes”, diz Jonathan Tavares, o gestor do ex-histórico bar de striptease do Porto que em 2016 se tornou discoteca e agora quer ser um pólo musical dinâmico. “Oferecer uma casa em que músicos, promotoras ou editoras mais independentes possam trabalhar e, ao mesmo tempo, ter uma programação que lhes permita internacionalizar-se, através de parcerias com outros clubes” – e a ponte está já criada com agentes da cena clubbing holandesa, por exemplo.

Mais do que ser um mostruário para músicos, bandas ou DJ, o novo Pérola Negra pretende, através da identidade múltipla da sua programação – onde caberão uma diversidade de géneros, da música experimental ao hip-hop, do techno e a da house ao jazz exploratório –​, constituir um espaço de colaboração, igualitário e inclusivo.

Editoras como a portuense Favela Discos e a lisboeta Príncipe já iniciaram ali uma parceria, tal como as promotoras Ouro Bravo e Ill Pitched. Já houve a noite Tetris, onde se cruzaram expressões artísticas (sets DJ, performance, instalação) para, aproveitando a história do espaço, reflectir sobre questões da sexualidade. Quem quiser antecipar o que será o novo Pérola Negra terá na noite de passagem de ano uma boa oportunidade para o fazer, assegura Jonathan Tavares. Isto porque a festa estará a cargo de muitos daqueles que, em 2019, farão a vida da velha casa de cara nova.

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