Incêndios: prazo para candidaturas dos agricultores de Monchique volta a ser prolongado

Os agricultores podem agora apresentar as suas candidaturas até ao dia 30 de Novembro.

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FILIPE FARINHA/LUSA

O Governo anunciou nesta quarta-feira que vai prorrogar novamente, por mais 30 dias, o prazo para as candidaturas aos apoios pelos prejuízos causados aos agricultores no incêndio de Monchique.

Este é o terceiro adiamento, depois de o prazo ter sido fixado inicialmente a 30 de Setembro e depois adiado para hoje.

O Ministério da Agricultura volta a justificar a decisão com "novos pedidos de prorrogação do prazo apresentados pela Câmara Municipal de Monchique, pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve e pela Cooperativa dos Agricultores de Monchique".

Os agricultores podem agora apresentar as suas candidaturas até ao dia 30 de Novembro, lê-se no comunicado do ministério.

Em causa estão cinco milhões de euros para restabelecer o potencial produtivo, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, que apoia financeiramente a fundo perdido a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio à actividade agrícola.

O Ministério da Agricultura reitera que o montante "será reforçado caso se revele necessário, para dar resposta a prejuízos de todos os agricultores das freguesias afectadas pelo incêndio que apresentem candidaturas".

As freguesias afectadas são Monchique e Alferce (concelho de Monchique), Sabóia e São Teotónio (Odemira), Mexilhoeira Grande e Portimão (Portimão) e São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra e Silves (Silves).

São elegíveis os investimentos a partir de 100 euros e até 800 mil, com níveis de apoio distribuídos da seguinte forma: 100% até 5000 euros, 85% entre 5001 e 50.000 euros e 50% entre 50.001 e 800.000 euros.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado no dia 10 de Agosto, deflagrou no dia 3 à tarde, em Monchique, no distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

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