Costa aceitou demissão em nome da estabilidade das Forças Armadas

A "preservação da importância fundamental das Forças Armadas" foi uma das razões que pesou para que António Costa tenha aceitado a demissão de Azeredo Lopes.

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Há dois dias, Costa tinha garantido apoio ao ministro que agora sai LUSA/ANTONIO COTRIM

O primeiro-ministro enviou uma nota à imprensa na qual dá conta de que aceitou a saída do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por este ter colocado a demissão em termos que não podia recusar.

Na carta em que agradece o trabalho do ministro da Defesa, António Costa diz que uma das razões para ter aceitado a demissão se deveu à "preservação da importância fundamental das Forças Armadas como traves-mestras da nossa soberania e identidade nacional no quadro de uma sociedade democrática moderna".

As outras razões apresentadas por António Costa para aceitar o fim do vínculo de Azeredo Lopes ao Governo que lidera são do foro pessoal do ministro. "O senhor ministro da Defesa Nacional apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que eu não posso recusar, em respeito pela sua dignidade, honra e bom nome", escreveu numa nota enviada às redacções.

Na missiva, Costa deixa o agradecimento. "Quero publicamente agradecer ao professor doutor José Alberto de Azeredo Lopes a dedicação e empenho com que serviu o país", escreveu.

António Costa e Azeredo Lopes estiveram juntos ao início desta sexta-feira à tarde durante a cerimónia de tomada de posse da nova procuradora-geral da República, Lucília Gago.

Comentário de Manuel Carvalho, director do PÚBLICO: "Teia de suspeição" ditou demissão

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