iPhones com ecrãs maiores são aposta da Apple para um mercado a encolher

Os três novos modelos surgem quando a empresa disputa o segundo lugar com a rival Huawei.

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LUSA/APPLE INC. / HANDOUT
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A Apple deu a conhecer nesta quarta-feira a nova geração de iPhones: Xs, Xs Max e Xr. A surpresa não foi muita porque, num anfiteatro Steve Jobs lotado, Tim Cook e a sua equipa apresentaram aquilo que já há algum tempo se conhecia nos sites de rumores um pouco por toda a Internet.

A versão Xs conta com duas versões. A mais pequena tem um ecrã de 5,8 polegadas (é conhecida simplesmente por Xs) e a outra está equipada com um ecrã 6,5 polegadas (o maior de sempre num iPhone), que ocupa praticamente toda a parte frontal do telemóvel. Chama-se Xs Max. "De longe o mais avançado iPhone de sempre", garantiu o presidente executivo da Apple, Tim Cook.

O tamanho dos ecrãs tem o objectivo melhorar a experiência de vídeo ou de jogo, mas também de navegação na Internet ou de utilização dos mapas. Mas a maior mudança é interna: o processador A12 Bionic vai permitir aumentar a capacidade de processamento do telemóvel e melhorar a experiência de realidade aumentada. Os novos iPhones podem ter até 512 GB (com capacidade para largos milhares de fotografias) e estão disponíveis em Portugal a partir de dia 21 de Setembro.

A câmara dupla traseira é de 12 megapíxeis e a frontal tem sete megapíxeis. Os telemóveis são também compatíveis com dois cartões SIM (sendo um deles virtual, algo que ainda não existe em Portugal) e contam com melhorias ao nível de bateria: a versão Xs Max aguenta mais uma hora e meia do que o iPhone X, de acordo com a empresa. 

Há também uma versão com um preço mais baixo, a Xr. Tem um ecrã de 6,1 polegadas e também não tem um botão físico, que foi imagem de marca das primeiras versões do iPhone. A câmara é única, mas mantêm os 12 megapíxeis dos "irmãos" Xs e Xs Max. 

É com estas novidades – com preços que começam nos 879 euros (na versão Xr) e nos 1279 euros (na versão Xs Max) – que a Apple tenta captar consumidores num mercado de smartphones que encolheu 1,8% no segundo trimestre do ano.

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A apresentação dos novos dispositivos da Apple aconteceu numa altura em que, segundo dados da analista IDC, a empresa foi ultrapassada pela chinesa Huawei na segunda posição no que toca às vendas de smartphones. Ao crescer 40,9% num ano, a maior produtora de dispositivos móveis da China abafou o crescimento de 0,7% dos smartphones da Apple. Nesta lista, a sul-coreana Samsung mantém-se na primeira posição com 20,9% do mercado. A Huawei tem 15,8% e a Apple, 12,1%. 

Os vários modelos de iPhone foram responsáveis por 61,6% da facturação da empresa no ano passado, altura em que se venderam 41,3 milhões de iPhones. 

Depois de Steve Jobs ter lançado a primeira geração do iPhone em 2007 - garantindo então que a Apple tinha reinventado o telefone - o futuro dos smartphones acabou por ser moldado pelas inovações introduzidas por estes dispositivos. Ainda hoje o produto de mais sucesso da Apple continua a viver na base da sua premissa inicial: um dispositivo multimédia com controlos tácteis, um telefone e um dispositivo de navegação na Internet. 

Nem só de iPhone se faz a Apple

Tim Cook salientou que era da empresa o "relógio número um do mundo". O novo Apple Watch foi apresentado como um "guardião inteligente da saúde" dos utilizadores. Coube ao director de operações da empresa, Jeff Williams, apresentar a "nova vida" do smartwatch. Entre as novidades da nova versão – conhecida como Series 4 – está um ecrã maior (35% maior do que a versão anterior), uma maior capacidade de personalização, um eletrocardiógrafo incorporado e um detector de quedas dos utilizadores, que liga automaticamente para o número de emergência. E houve lugar a uma promessa: "Os dados [pessoais] estão protegidos". 

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Os novos smartwatches da empresa estão disponíveis com preços que começam nos 439 euros, a partir de dia 21 de Setembro.

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