Protecção Civil mantém pré-posicionamento de grupos de reforço

Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu estão em alerta vermelho.

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Alerta especial termina na segunda-feira Daniel Rocha

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), no âmbito do alerta vermelho especial lançado na sexta-feira, vai "continuar com o pré-posicionamento dos grupos de reforço ao combate a incêndios florestais", que será "reavaliado".

O adjunto de operações nacional da ANPC, Alexandre Penha, falava neste sábado aos jornalistas, referindo que o "alerta vermelho especial está em vigor até às 23h59 de segunda-feira, e que será feita uma reavaliação da situação que se pode prolongar". O responsável referiu, porém, que não há qualquer indicação, "por enquanto", que este alerta especial vermelho possa ser prolongado, ou venha ser alargado a outros distritos.

Os distritos de Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu estão em alerta vermelho, sendo que para esta decisão contam não só as condições meteorológicas, temperaturas elevadas, humidade relativa baixa e vento, mas também "o factor humano", um aumento de população com a chegada de emigrantes e os festejos em várias localidades.

"Até ao fim deste alerta especial para as forças que será às 23h59 de segunda-feira, e apesar de haver o despacho ministerial [da Administração Interna] para ser alargado até quarta-feira, nós faremos uma nova avaliação da situação que pode fazer com que o alerta especial vermelho acresça até quarta-feira, nós vamos continuar com o pré-posicionamento dos grupos de reforço ao combate a incêndios florestais", disse Alexandre Penha.

Estes "grupos de reforço" são formados pelos corpos de bombeiros voluntários e "pessoal da força especial de bombeiros" em vários distritos, "substancialmente no norte do país". O dispositivo de reforço conta com a Guarda Nacional Republicana (GNR), nomeadamente o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro e patrulhas militares dissuasoras em todos os distritos.

Em declarações à agência Lusa, Alexandre Penha afirmou que as brigadas de militares no terreno "fazem sentido como elemento novo naquelas localidades, fazem uma dissuasão de comportamentos, junto das populações que possam ser de maior risco para o incêndio rural".

No âmbito do alerta especial iniciado à meia-noite de sexta-feira, a ANPC registou 73 ocorrências e no decorrer deste sábado já foram registadas 72, disse Alexandre Penha, que realçou o registo de 38 ocorrências durante a noite, um número muito próximo das 58 ocorridas no período diurno de sexta-feira, que foi qualificado pelo responsável como "um número muito elevado".

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