Hillary Clinton e Steven Spielberg vão levar a história das sufragistas para a TV

A antiga secretária de Estado de Obama e o realizador vão adaptar para televisão o livro The Woman’s Hour, de Elaine Weiss, um relato aclamado da luta das mulheres americanas pelo mais elementar direito democrático – o voto.

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Hillary Clinton será um dos quatro produtores executivos Clodagh Kilcoyne/Reuters

A antiga secretária de Estado Hillary Clinton parece disposta a sair do seu “retiro” depois da pesada derrota nas eleições presidenciais americanas de Novembro de 2016 e vai fazê-lo tendo por companhia um realizador de respeito – Steven Spielberg. Os dois vão produzir a adaptação televisiva de The Woman’s Hour: The great fight to win the vote (Penguin Random House, 2018), livro em que a jornalista Elaine Weiss dá conta da longa e intensa luta das sufragistas nos Estados Unidos. A notícia é avançada pela revista Hollywood Reporter.

Os direitos ao livro de Weiss, muito bem recebido pelo público e pela crítica, foram assegurados pela Amblin TV, um dos braços da produtora de Spielberg. À mulher que já liderou a diplomacia americana caberá o papel de produtora executiva, ao lado da autora e dos dois co-presidentes da empresa do realizador de E.T., Darryl Frank e Justin Falvey.

Segundo a Hollywood Reporter, não está ainda decidido se a adaptação terá o formato de um telefilme ou de uma minissérie. A revista garante ainda que a Amblin vai mostrá-la a possíveis interessados do universo da televisão por cabo (HBO, Showtime) e das plataformas de streaming (Netflix, Apple, Amazon e Hulu).

Escreve o The Guardian que a produção ainda não escolheu um autor para ficar responsável pelo argumento adaptado nem para o guião, mas que Clinton está muito envolvida no processo de selecção. Ainda sem argumento adaptado, é natural que não se conheça nem o nome do realizador nem a constituição do elenco.

“No coração da democracia está a urna de voto e o livro inesquecível de Elaine Weiss conta a história das líderes que, no meio de uma economia turbulenta e da oposição política e racial, lutaram pelo direito ao voto para as mulheres americanas e ganharam”, disse a antiga primeira-dama através de um comunicado, citado pelas duas publicações. Dando conta do que se passou ao longo de seis semanas do Verão de 1920, The Woman's Hour é, ao mesmo tempo, um romance em que apetece virar as páginas e uma inspiração para todos, acrescentou. “Tanta coisa podia correr mal, mas estas mulheres americanas não aceitaram um ‘não’: o seu triunfo é a herança que devemos guardar e replicar.”

Este novo papel executivo de Hillary Clinton chega numa altura em que o marido, o antigo chefe de Estado Bill Clinton, já tem um pé na televisão — o canal Showtime vai adaptar o romance que escreveu com James Patterson, The President is Missing, e pouco depois de outro casal presidencial, Michelle e Barack Obama, ter anunciado que assinara um contrato a vários anos para produzir filmes e séries para a Netflix.

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