Aga Khan com interesse em adquirir posição da CGD no TagusPark

Banco público está obrigado a alienar activos não estratégicos, entre eles a participação de 10% no parque tecnológico de Oeiras

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PBC PEDRO CUNHA - PúBLICO

A rede Aga Khan já terá manifestado interesse em adquirir a participação de 10% que a caixa Geral de Depósitos está a alienar no Tagus Park. A notícia é avançada pela edição desta segunda feira do Jornal de Negócios, que recorda que a transacção terá de ser aprovada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. De acordo com o jornal, o interesse do líder da comunidade ismaelita em vigor a investir no capital do parque tecnológico localizado em Oeiras “tem já vários meses”. 

Desde a capitalização do banco público em 4,9 mil milhões de euros, iniciada em 2017 e negociada com a Comissão Europeia, que a CGD está obrigada a alienar activos não estratégicos. Paulo Macedo rapidamente elegeu esta participação no parque tecnológico de Oeiras como um dos activos a alienar — activo esse que, segundo os valores de balanço que aparecem nos registos da própria Caixa e também do BPI, tem um valor de aquisição de 2,17 milhões de euros.

O TagusPark tem mais de uma dezena de accionistas, sendo a Câmara de Oeiras quem assegura a maior participação, com 19%. O Instituto Superior Técnico, que ali tem instalações, assegura uma participação de cerca de 13%. Três instituições financeiras (CGD, BPI e BCP) e ainda a MEO são as restantes instituições que asseguram participações de dez por cento.

A rede Aga Khan é uma das maiores redes privadas para o desenvolvimento. Emprega cerca de 80 mil pessoas e tem um orçamento anual para actividades sem fins lucrativos que ronda os 600 milhões de euros. 

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